Com a grande popularização do TikTok no período da pandemia, a criação de vídeos com formato curto se popularizou e passou a prender a atenção do público-alvo da rede, e logo outras grandes plataformas passaram a investir em ferramentas que permitissem a criação desse tipo de conteúdo.

Hoje em dia, é difícil encontrar uma rede social que não ofereça um espaço exclusivo para o consumo dos vídeos curtos. O Instagram, o Facebook, o YouTube e, claro, o próprio TikTok colocam esse formato acima de outros, já que eles são o grande foco do público.

Não só as plataformas, mas as marcas também passaram a criar conteúdo nesse formato, disputando a atenção do público e buscando criar uma estratégia de marketing que se enquadre no padrão dinâmico desse universo. É preciso analisar como esse formato se popularizou e seus diferentes lados para entendermos como as empresas podem incorporar esses conteúdos e trabalhar as marcas através de um conteúdo que alcance novos públicos e clientes.

A popularização dos vídeos curtos na Internet

O consumo de vídeos como forma principal de conteúdo na internet não é novidade. De acordo com dados da We Are Social, o YouTube foi a segunda rede social mais usada no Brasil em 2023, com 142 milhões de contas, atrás apenas do WhatsApp. Isso mostra como o conteúdo em vídeos é comum e já difundido entre as pessoas, mesmo sendo, no caso do YouTube, em sua maioria vídeos mais longos.

O hábito do consumo dos vídeos mais curtos e dinâmicos, por outro lado, surge com a rapidez na difusão de informações e propriamente, da mudança das necessidades dos usuários, que alteraram o modo de consumir e criar os conteúdos.

Com a criação do Snapchat, por exemplo, tornou-se possível compartilhar conteúdos rápidos que sumiam 24h após a publicação. O Instagram aderiu ao recurso pouco tempo depois, com os Stories, e o WhatsApp veio em seguida. Atualmente, os stories também estão presentes no Facebook, e até mesmo no TikTok.

TikTok: a verticalização dos vídeos curtos

O TikTok surgiu quando a empresa chinesa ByteDance adquiriu outro aplicativo, na época chamado Musica.ly, que também permitia o compartilhamento de vídeos curtos (até 15 segundos), com músicas e áudios sincronizados.

Com essa junção, o aplicativo passou a ter novas funcionalidades: vídeos de até 60 segundos, filtros e diferentes opções de áudios e edição de vídeo, permitindo que os usuários fizessem tudo dentro da própria plataforma, o que na época foi uma vantagem enorme.

Com a facilidade que o TikTok oferece – gravar, editar e publicar os vídeos quase instantaneamente – criar conteúdo na plataforma se tornou cada vez mais fácil e atrativo para a nova geração, e a gravação dos vídeos com o celular, diretamente no aplicativo, se tornou mais popular.

Essas características tornaram a popularização dos vídeos verticais quase inevitável, e principalmente durante os anos de pandemia, a quantidade desse tipo de conteúdo toma proporções enormes, fazendo com que empresas de diferentes nichos passassem a criar vídeos curtos para incorporar a estratégia de marketing digital das marcas.

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Por que incluir vídeos curtos na sua estratégia de marketing de conteúdo?

Para conquistar a atenção e o carinho do público as marcas precisam sempre se atualizar e estar por dentro das tendências do mercado, e não é diferente com a criação de conteúdo. Adotar uma estratégia que incorpore vídeos curtos é importante para aumentar a visibilidade da marca dentro das plataformas que priorizam esse tipo de conteúdo. Existem alguns pontos para considerar se estiver com dúvida na hora de incluir esse formato de vídeos na sua estratégia:

1) Adequação ao formato

As principais plataformas, como o Instagram e o TikTok, já apostam em estratégias que priorizam quase totalmente a criação de conteúdo nesse formato. Além disso, com uma audiência que vive a maior parte do tempo com o celular, apostar nos vídeos curtos e verticais garante que o público recebe as mensagens das marcas em qualquer lugar.

2) Conquista da atenção

A tendência é que com o consumo constante dos vídeos curtos, a atenção dos usuários se mantenha por cada vez menos tempo. Por isso, é necessário é que as informações principais das mensagens sejam espalhadas em segundos, para garantir que público se fixe e absorva o conteúdo.

3) Engajamento garantido

Com as diferentes possibilidades de conteúdo – danças, histórias, desafios ou reviews de produtos – o algoritmo trabalha para que os vídeos sejam entregues às pessoas certas, o as que garante que as marcas tenham a oportunidade de se conectar com a audiência e obter o engajamento esperado.

4) Compartilhamento instantâneo

Com o alto potencial de viralização dos conteúdos, o compartilhamento rápido nas diferentes plataformas amplifica o alcance das diferentes campanhas de marketing que as empresas podem realizar.

5) Diversidade de conteúdo

Como já mencionado, existem diversos jeitos de criar os conteúdos em vídeos curtos, e eles podem conter um tom emocional, divertido, inspirador, o que quer que a marca prefira utilizar para contar sua história e do produto. Isso possibilita que as marcas explorem diferentes narrativas e mantenham a audiência sempre interessada.

Redes sociais investem em ferramentas de vídeos curtos

Com a popularização dos vídeos curtos entre os mais jovens e a criação massiva desse tipo de conteúdo, as plataformas se voltam para ferramentas que auxiliem a aproveitar essa tendência, e a consequência disso é a presença de vídeos curtos nas principais redes sociais atuais.

O Instagram, por exemplo, aderiu aos Reels em 2019, quando a popularização do TikTok mostrou que a plataforma precisava de algum recurso similar para manter o público. Após pouco tempo de uso, o Reels se tornou o recurso mais valorizado do Instagram, sendo a ferramenta que atrai mais engajamento para as contas.

Outras redes também aderiram ao recurso, como os shorts do YouTube que, assim como as concorrentes, possui um espaço na plataforma para a publicação de diferentes vídeos curtos, com uma navegação rápida e dinâmica.

Vídeos curtos e geração Z

A geração Z, com aqueles que nasceram entre 1995 e 2010, cresceu em um ambiente em que a internet começava a ocupar um espaço intenso na sociedade e passava a moldar os meios de comunicação em geral.

Essa geração protagoniza uma mudança no modo de consumo dos conteúdos oferecidos, e também na sua produção. Os vídeos curtos oferecem uma saída para os momentos de impaciência ou pressa, em que conteúdos mais longos não podem ser reproduzidos.

A impressão que passa, é que os vídeos curtos “rendem mais”, por consumirmos uma maior quantidade em um menor tempo, em oposição à uma série ou um filme, por exemplo. Isso faz com que as marcas também alterem sua lógica de criação de conteúdo e formatos, para alterar propagandas que antes eram mais longas e contavam uma história, para mensagens passadas em poucos segundos na tela.

Além das dancinhas: como as marcas usam vídeos curtos nas estratégias de marketing digital

Criar conteúdo em um formato curto não precisa se restringir apenas a danças ou conteúdo humorístico. Atualmente a viralização não depende mais desse tipo de criação, e as marcas podem apostar em outras maneiras de contar suas histórias.

É possível usar a emoção, histórias reais ou conteúdo motivacional para que as marcas atinjam o público esperado e obtenham o resultado que esperam. Ter influenciadores, especialistas ou consumidores para falar dos produtos são estratégias que podem ajudar na visibilidade e reconhecimento da marca.

Dá para perceber que os vídeos curtos não são uma moda passageira, mas sim uma ferramenta que permite a exploração de diferentes estratégias para o marketing digital. Adotando essa forma de produção de conteúdo, as marcas se alinham às expectativas do público e alcançam um número maior de pessoas e de engajamento, abrindo caminho para uma comunicação mais eficaz e impactante.

Em um mundo digital cada vez mais saturado, os vídeos curtos são a chave para se destacar e conquistar a atenção do público-alvo de maneira memorável e duradoura, tanto para as marcas quanto para os criadores de conteúdo.

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