Ao lado das infinitas possibilidades de atuação para a comunicação nas empresas, duas áreas estão conquistando um espaço cada vez maior perante os dirigentes e comunicadores: a Responsabilidade Social e a Cidadania Corporativa.
O que é Responsabilidade Social
A Responsabilidade Social, segundo os estudiosos do tema, diz respeito aos investimentos que a empresa decide realizar junto à sociedade, investindo em prol do bem-estar social.
O que é Cidadania Corporativa
Já a Cidadania Corporativa é impulsionada por estas ações, e este desenvolvimento social é proposto com igualdade, ou seja, todos os cidadãos devem ter as mesmas oportunidades.
É importante sinalizar que mesmo vivendo em um país com disparidades sociais, culturais e educacionais gritantes, as empresas, enquanto agentes sociais, podem atuar para exercer um papel social e coletivo que antes era dedicado somente ao estado. Outro fator decisivo seria o próprio estreitamento dos laços afetivos junto aos públicos ligados à organização, sejam eles os internos ou externos.
Benchmarkting #prainspirar
Muitas empresas já estão investindo nestas áreas, como é o caso da Brasilseg, uma subsidiária do Banco do Brasil na área de seguros, empresa que desenvolveu um projeto de responsabilidade social em parceria com o Iteva – Instituto Tecnológico e Vocacional Avançado.
Em uma ação colaborativa e voluntária no Nordeste, que também envolveu colaboradores do Grupo Trama Reputale, foi lançado um livro de memórias, chamado “Gente de Valor”, que reuniu 28 histórias de idosos residentes no município de Aquiraz, no Ceará.
As narrativas foram compartilhadas em um processo de escuta ativa, conduzido por pessoas que se voluntariaram a entrevistar as pacientes do Hospital Angelina Caron, localizado em Campina Grande do Sul (SP). O resultado foi inspirador!
Para Helen Garcia, Diretora de Estratégias Digitais do Grupo Trama Reputale, é essencial valorizar a realização de uma comunicação estratégica, engajada e socialmente responsável. Pois, em uma empresa que possui a sua cultura organizacional voltada para a humanização, a comunicação será um meio de mediação para o desenvolvimento de projetos sociais, tanto na forma de comunicar, como na maneira de realizar, de externar projetos e produtos.
“Mesmo em 2022, observo que é um grande desafio para as empresas atuarem no âmbito social. Mas nós sentimos que, com a pandemia, houve uma necessidade real das organizações investirem em projetos que beneficiem as comunidades e os públicos com as quais se relacionam. Mas o grande questionamento que fazemos é: até que ponto determinada ação colabora com a promoção da responsabilidade social e da cidadania corporativa?”, comenta a executiva.
O boom da Responsabilidade Social Empresarial: Um bate-papo com Carla Lozardo
Para aprofundar mais sobre este tema, convidei a Carla Lozardo, pesquisadora e consultora na área. Aproveite a leitura e anote os insigths para trabalhar na estratégia de comunicação da sua marca!
Como a Responsabilidade Social pode beneficiar a cultura da organização?
O tema Responsabilidade Social Empresarial tornou-se uma demanda da sociedade sobre as atividades das empresas públicas e privadas. O foco empresarial na responsabilidade social, sem dúvida, gera um grande impacto na sua cultura organizacional. Aqui é quase como uma questão de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha: a cultura organizacional ou a cultura da responsabilidade social? Elas estão em simbiose. A atividade pertinente a esta área deve estar na missão empresarial, consistente com seu modelo organizacional.
Neste momento pandêmico quais estratégias e projetos podem ser priorizados?
É urgente que empresas se adequem às mudanças da sociedade. A meu ver, as empresas devem investir, em primeiro lugar, no pilar da governança corporativa. A empresa que já tem sua governança consolidada direciona e prioriza mais facilmente suas estratégias e projetos que envolvem o pilar da gestão socialmente responsável.
Assim sendo, as empresas precisam das pessoas. Não podemos esquecer que a pandemia impactou na saúde física e mental de todos nós, por isso, vemos muitas organizações “olhando” para seus colaboradores, cuidando de sua saúde física e mental. Esse apoio tem feito a diferença nos resultados e engajamento dos colaboradores dessas empresas. Para mim, esse é o aspecto mais importante do pilar social: cuidar dos seus colaboradores e não descuidar da inclusão, da diversidade e da equidade social.
Como você visualiza no Brasil esta realidade fomentada pelo Terceiro Setor?
O Brasil tem uma estrutura muito organizada e diversificada do Terceiro Setor. Vimos, durante a pandemia, o papel crucial e relevante das instituições no combate à Covid e as suas consequências na sociedade. Cada vez mais as organizações do Terceiro Setor estão se profissionalizando, buscando um alto nível de governança e, consequentemente, melhores resultados nos quesitos de ampliação do atendimento e na qualidade da prestação de serviços à sociedade. Como são empresas sem fins lucrativos, precisam do apoio das empresas privadas, públicas e pessoas físicas seja financeiro, material e pessoal.
Assim, tendo as empresas privadas a sua missão e os seus valores estabelecidos em uma governança corporativa assegurada, conseguem estabelecer suas estratégias e projetos de apoio às instituições do Terceiro Setor ou criar seus próprios projetos sociais.
E você, o que conta sobre os projetos no âmbito social em desenvolvimento na sua empresa?
Podemos te ajudar a desenvolver projetos inspiradores! Conte com a gente.