Evento online promovido em parceria com a Aberje compartilhou cases de sucesso na implantação de Redes de Multiplicadores em Comunicação Interna da Novartis, Votorantim, CHS Agro, Hospital das Clínicas de São Paulo, Amanco Wavin e Sanofi.
No último dia 12/08, em parceria com a Aberje, realizamos um webinar onde debatemos o novo papel dos agentes internos influenciando a comunicação e o engajamento nas empresas. Se você esteve com a gente, viu como foi bacana, né? Mas… se você não pôde participar, não se preocupe! Separamos aqui o que rolou de mais importante durante a transmissão!
O papel dos In.Fluencers
Tema sempre relevante, o papel dos influenciadores internos ganhou ainda mais importância nesta era digitalmente mais conectada e que com a pandemia se tornou ainda mais importante.
Para discutir como estruturar esse canal e aprimorar a capacitação desses hubs para ampliar o engajamento às estratégias de negócios e à cultura das empresas, o debate reuniu os seguintes comunicadores: Adriano Zanni, sócio e diretor de Comunicação Interna, Conteúdo e Engajamento do Grupo Trama; Cláudia Sérvulo da Cunha Dias, head de Comunicação da Divisão Farma Brasil da Novartis; Fernanda Porcino, consultora de Comunicação no Centro de Excelência da Votorantim; e Claudia Ferro, diretora de Recursos Humanos e Comunicação da CHS Agro América do Sul.
Ao atuar como mediador, Zanni frisou que a figura do influenciador mudou e elencou alguns pontos essenciais para se trabalhar com influenciadores internos. “Temos que entender que esses comunicadores são voluntários nessa função. Imputar tarefas e novas demandas além de suas próprias funções diárias acaba sendo pouco engajador e muito oneroso. A ideia é olhar essas redes com mais inovação para manter a capilaridade das informações. Devemos enxergá-lo como alguém disposto a compartilhar experiências”.
Comunicação de mãos dadas ao propósito da CHS Agro
Claudia Ferro trouxe ao webinar o case da cooperativa americana no setor do agronegócio. Com 80 anos de trajetória no mercado global e mais de 11 mil colaboradores em todos os continentes, a companhia passou por um processo de gestão de mudança há alguns anos em relação à cultura, estratégia e modelo de negócio, liderança, comunicação como um todo e posicionamento da marca.
“No decorrer dos últimos anos, a empresa passou por alguns desafios nesse processo de transformação: gerar conexões e integração entre as pessoas, a comunicação era muito descentralizada e não tinha lastro, as culturas com estilos de pensamentos diversos por ser multinacional, questões de padronização e gestão da informação… Sem esses pilares talvez nossos influenciadores não estivessem tão conectados com a comunicação hoje”, analisa a executiva.
Mapear possíveis influenciadores e agentes de mudança trabalhando a diversidade; fazer a liderança entender que a comunicação é vital para manter colaboradores conectados e engajados; permitir empoderamento para contribuírem e levantar pontos a melhorar; produzir análises e pesquisas foram fundamentais nesse processo, segundo Claudia. “Mesmo com a pandemia, estamos nos saindo muito bem, o nível de produtividade e engajamento não foram afetados”, afirma.
Entre os resultados alcançados, o aumento do engajamento atingiu índice de 82%, o nível de satisfação com a comunicação da empresa foi de 90%; houve uma redução de turnover significativa; o alcance de 100 mil seguidores no LinkedIn, os projetos brasileiros viraram referência. “A comunicação interna circunda todo o propósito da empresa; não é só mais um ‘braço’ do RH e sim um departamento vital e bastante acessado”, comentou.
Os “conectas” do Centro de Excelência da Votorantim
O Centro de Excelência da Votorantim (CoE), que possui unidades em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Lima (Peru) conta com cerca de mil colaboradores que prestam serviços transacionais para várias áreas da companhia. Para facilitar o fluxo de informações entre todas as áreas e aproximar a comunicação entre elas, foi criado o Programa Conecta, há três anos, com atuação totalmente interna.
Fernanda Porcino contou que esses colaboradores, chamados de ‘Conectas’, atuam como facilitadores de campanhas e ações da companhia. “A principal vantagem desse programa é a redução do excesso de informação da área de comunicação, além de ser humanamente impossível sabermos de todas as histórias e narrativas das áreas. O Conecta nos apoia nessa curadoria de conteúdos, dá visibilidade aos projetos de cada área e é uma comunicação descentralizada, mais próxima das pessoas”, ressaltou.
Esse influenciador interno deve ser um profissional indicado, alguém que tenha um bom desempenho e relacionamento com as pessoas, ser interessada pelo todo, saber o que está acontecendo e ser um embaixador da cultura da empresa. “Quando olhamos no grupo de trabalho, numa rodas de conversa, identificamos claramente quem é o influenciador daquela área. O Conecta não é necessariamente alguém mega extrovertido e falante. Esse é um aspecto importante para quem quer implementar um programa de influenciadores internos: não é necessário procurar pessoas com esse perfil”, recomendou a executiva.
As “Rodas da Empatia” da Novartis
A divisão de Fármacos da Novartis, indústria farmacêutica com presença global, conta com uma rede de influenciadores chamada ‘Correspondentes Farma’, que apoia na divulgação e sugestão de pautas e funciona como um termômetro para verificar a aderência das ações. Com a pandemia, algo interessante aconteceu. Cláudia Sérvulo da Cunha Dias contou durante o webinar como tudo aconteceu.
Para além de um projeto mais clássico de influenciadores, surgiu o ‘Rodas da Empatia’, um programa que estabelece um canal de apoio emocional e informação qualificada ao colaborador do Grupo Novartis frente aos novos dilemas do dia a dia em isolamento social. “O Rodas não é um exemplo clássico de uma construção de rede de influenciadores. Foi um subproduto não pensado e altamente desejado. É um círculo de conversas sobre determinado tema. Surgiu da dor do colaborador no momento da Covid: o distanciamento social”, contou Cláudia.
“Neste cenário digital, o colaborador vê muita gente, mas só funcionalmente. Então pensamos como essas conexões humanas, que permeiam esse tecido social e dão força a ele, se construíram em um ambiente de distanciamento tão profundo como estamos vivendo? Esse programa fez a gente se reinventar como comunicação interna”, comentou a executiva. “Não se trata de uma lógica tático-operacional dos conteúdos a serem repassados, mas sim de uma comunicação que se apresenta como grande facilitadora de conexão entre pessoas, de conteúdos pessoais”, completou.
Outro ponto foi entender quem são esses colaboradores e como é a representatividade de cada um. “Criamos um conselho editorial para pautar temas relevantes que vêm da necessidade do colaborador. Nem sempre são funcionais e esse nem é o objetivo. O conteúdo é co-criado pelos participantes da conversa. Nós, comunicadores, funcionamos como catalisadores de encontros e de identificação de personas”, salientou Cláudia, revelando que, desde o início do programa, já foram mais de 70 horas de conversas e conteúdo informativo. “Percebemos que este modelo leva conteúdo com significado para as pessoas. O programa deu tão certo que continuará no pós-pandemia”, garantiu a executiva.
Gostou do resumo e ficou com vontade de assistir tudo em detalhes? Fácil! É só dar o play e embarcar com a gente nessa rede de multiplicadores em Comunicação Interna:
https://www.youtube.com/watch?v=imO86tyUDLQ