Zeitgeist (pronuncia-se tzait.gaisst) é um termo alemão cuja tradução, ao pé da letra, significa espírito da época ou sinal dos tempos. O Zeitgeist, em suma, é o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou então, as características genéricas de um determinado período.
Pensando, neste segunda década do século XXI, nas macrotendências ou manifestações que regem a vida das pessoas e, consequentemente, das organizações (afinal, não podemos nos esquecer de que as empresas são feitas de indivíduos), diríamos que um dos comportamentos mais arraigados é a necessidade que temos de pertencer a algo (sense of belonging). O ser humano precisa enxergar razão em tudo o que faz e vivencia para se sentir efetivamente parte integrante da engrenagem, seja de uma marca, de uma empresa, de uma família, de um grupo de amigos etc.
Mais do que isso: à medida que se enxerga inserido em uma determinada tribo, precisa confessar também que pertence a ela, compartilhando experiências, sensações, filosofias de vida. É a chamada “Era Confessional”, alavancada em demasia pelas novas tecnologias, leia-se mídias sociais.
Já parou para pensar o quanto sua organização ou “tribo” representa uma marca forte na atual sociedade de consumo? Ou que nível de desejo de pertencimento ela é capaz de gerar em seus consumidores, clientes e simpatizantes?
Sempre que os estudos sobre gestão de marcas (branding) vêm à tona, parecemos cair no “lugar comum” e, logo, nos deparamos com cases de sucesso, como os de Apple, Harley-Davidson, Coca-Cola, entre outros. Por que será?
Talvez uma das razões esteja no fato de que tais marcas tornaram-se capazes de compreender que seus consumidores exercem, no cotidiano, diversos papéis que não apenas os de fiéis clientes dessas empresas. Elas aprenderam a trazer os mais variados universos que rondam as vidas desses consumidores para a composição das próprias campanhas publicitárias. Mais que isso: trouxeram seus anseios para o DNA de suas missões, visões e valores, entendendo que o indivíduo de hoje não quer mais apenas ser percebido como o usuário do iPhone ou o motoqueiro da Harley ou o degustador da Coca-Cola. Ele é tudo isso, ao mesmo tempo, e muitas outras coisas também!
Quer um exemplo?
Veja o comercial da Harley-Davidson (Live by It), veiculado em 2011, e irá entender exatamente o que estamos falando.
Depois, que tal bater um papo conosco sobre o tema?