A conduta com o conteúdo para redes sociais tem impactos relevantes na performance, com reflexos diretos e indiretos nos negócios de pessoas e empresas.

Quando falamos em performance, não se trata apenas do alcance e engajamento de perfis e postagens, mas, principalmente, da imagem e reputação que está sendo construída e nutrida junto às audiências estratégicas, incluindo os principais stakeholders. Sob as perspectivas dessas diferentes nuances, o planejamento de conteúdo é, sem dúvidas, um pilar.

É estratégico que todas as etapas que antecedem a fase de produção sejam muito bem mapeadas. Trata-se de um campo que vai além do âmbito de cronograma e distribuição e está intrinsecamente ligado ao alinhamento dos temas, abordagens e formatos ao propósito da marca e os resultados que se busca.

O planejamento de conteúdo é uma verdadeira engrenagem que, quando colocada em funcionamento, consolida a presença digital de marcas e pessoas com maior assertividade.

A presença digital de uma marca não é definida apenas pelos canais dos quais dispõe ou da qualidade de seu conteúdo nesses canais, com capacidade de atrair novas oportunidades, reter clientes ou engajar audiências estratégicas. Muito mais do que isso, essa presença é estabelecida pela maneira como o conteúdo é construído, as mensagens-chave que carrega, os atributos de marca que trata e sua relevância, ou uso, para a audiência que se pretende alcançar.”

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Gerente Sênior e Associado de Estratégia Digital (LATAM) do Grupo Trama Reputale, Kalil Blanco Spiandorim.

Conheça alguns passos fundamentais para nortear o seu planejamento de conteúdo:

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Identifique temas relevantes

Não basta seguir trends sem visão crítica sobre o que de fato faz sentido para a sua audiência e sua marca. E para ampliar o olhar neste ponto é indispensável:

  • Conhecer bem a audiência, seus interesses e contexto;
  • Definir como sua marca se posiciona e quer ser vista;
  • Apoiar-se na linha estabelecida no projeto editorial;
  • Considere as principais mensagens-chave da marca;
  • Acompanhe métricas/dados que manifestam os interesses da audiência;

A partir daí ficará mais fácil delimitar o que representa oportunidade efetivamente, indo além do considerado óbvio para o segmento de atuação da marca e suas soluções.

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Garanta a qualidade da curadoria

Busque o refinamento desde a fase de triagem de temas. Mais do que avaliar se faz sentido para um determinado assunto, é importante aprofundamento já nesta etapa, visando avaliar se a pauta se sustenta, o que evita “propostas furadas” (conteúdo que não irá contribuir com tráfego orgânico, interesse ou engajamento da audiência) ou perda de prazos na fase de produção.

Esse olhar mais amplo deve considerar se as informações disponíveis têm fundamento, bem como se será possível contar com boas fontes de referências internas – como dados ou fala de porta-vozes da marca – ou externas – conteúdos científicos ou jornalísticos, legislações ou dados governamentais, por exemplo.

Para esse refinamento, é fundamental:

  • Manter-se informado sobre os principais fatos da atualidade: isso permite identificar assuntos de oportunidade e, também, quando não é um bom momento para tocar em questões que estejam no centro de polêmicas e que possam impactar negativamente na imagem da marca;
  • Acompanhar informações sobre o segmento de atuação da organização: a atenção a esse tópico contribui para a reputação da marca em relação às empresas concorrentes;
  • Manter no radar o que outras marcas têm feito: o benchmarking é um aliado e funciona como um termômetro para conteúdos estratégicos visando os públicos específicos.
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Adeque linguagem e narrativas

Esse é um ponto que pode determinar resultados incríveis quando amadurecidos no planejamento macro de conteúdo.

  • Linguagem: delimite a partir de pelo menos dois pontos-chave: o tom de voz da marca e os diferentes perfis das personas que compõem a audiência. Esses dois aspectos – que devem ser alicerçados pelo projeto editorial – nortearão a linguagem com a qual as informações e mensagens-chave entrarão nos conteúdos.
  • Narrativa: diferente da linguagem, a narrativa muda acordo com as conexões em relação às editorias e os pilares específicos da marca ligados ao conteúdo. Quando pontuado no planejamento, esse aspecto também ajudará a delimitar de forma mais assertiva a distribuição mais estratégica dos conteúdos por período, de acordo com o posicionamento que a marca deseja nutrir ou construir.
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Avalie formatos de oportunidade

A escolha do formato de entrega do conteúdo é um ponto categórico para o sucesso na performance. Neste quesito, identifique a vocação de cada rede social e explore os potenciais!

É fato que o formato vídeo é destaque comum nas postagens de LinkedIn, Instagram e Facebook, considerando o comportamento dos usuários e uma grande influência da performance do TikTok.

Por outro lado, será que um determinado assunto para LinkedIn não renderia um artigo otimizado, deixando o investimento em vídeo para a rede vizinha, com entrega mais resumida e pontual?

A provocação mostra que, além do perfil da rede, o tipo de assunto, a abordagem, a profundidade e a relevância que ele tem para a marca vão dar direção para a escolha.

O exemplo é apenas uma reflexão de hipóteses e constatações que podem permear todo o processo de planejamento, atribuindo mais autoridade nas propostas apresentadas.

Então, pronto para turbinar o planejamento do seu conteúdo?

Podemos te ajudar!