Tal como muitos dos estudiosos da mídia de massas já previam, os meios de comunicação têm se firmado como um dos grandes carros-chefe da formação de pensamento nas sociedades. A televisão, com grande número de espectadores, não poderia atuar de forma diferente. Ela surte influência inigualável na população, principalmente a brasileira.

As novelas são, em sua grande maioria, o modelo de programação televisiva mais propício à criação de valores e à mudança de hábitos e tendências em uma sociedade. Mesmo quem não as assiste acaba recebendo os reflexos de suas ações, que podem ser positivas ou negativas.

Recentemente, com a inserção de uma personagem com deficiência em uma novela, as pessoas passaram a enxergar de forma completamente diferente tal situação. A personagem, vítima de um acidente automobilístico, tornou-se paraplégica e teve que aprender a superar as dificuldades de seu novo estilo de vida.

Essa nova realidade não é fácil. Aprender a lidar com a necessidade de ajuda de outras pessoas, ser vista de forma rotulada por uma sociedade mal-informada e, até mesmo, superar a idéia de invalidez criada por eles próprios, é um exercício diário.

A mídia, entretanto, com sua ampla influência, tem mostrado que, com o apoio das pessoas próximas, com a inserção social e com pensamento positivo, as pessoas com deficiência também podem ter uma vida normal. Tornar-se cadeirante não impede que alguém realize seus sonhos, tenha sucesso na vida profissional e crie laços físicos e emocionais.

O que resta agora, depois desse empurrãozinho da mídia, é esperar que toda a sociedade compreenda o alto potencial das pessoas com deficiência e, também, torcer para que elas mesmas busquem, de forma cada vez mais enfática, viver em igualdade com todos os outros.

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