Segundo dados do Hootsuite, 93% da população global conectada acredita que líderes ativos nas mídias sociais ajudam a comunicar os valores, construir reputação e desenvolver a liderança de mercado das organizações que representam.

Em um mundo no qual mais de 62% da população tem acesso à internet e mais de 58% é usuária ativa de mídias sociais (We Are Social 2022), a atividade digital da alta liderança das organizações tem se tornado, gradualmente, item essencial para auxiliar nos esforços de prevenção e gestão de crises de imagem e, mais do que isso, na conquista de uma reputação verdadeiramente positiva e pautada pela transparência, como empregadora e referência em sua área de atuação.

Confira três iniciativas essenciais para promover e gerenciar a presença digital de uma marca empregadora nas mídias sociais.

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Líderes preparados e conscientes

Da mesma forma como as empresas promovem treinamentos para preparar seus porta-vozes no relacionamento com a imprensa em encontros de media training, devem dedicar atenção à inclusão consciente e orientada de seus executivos neste ambiente, apresentando a dinâmica das mídias sociais, cuidados importantes ao utilizar e interagir nas plataformas e como aproveitar o melhor desse ambiente para apoiar na conquista e manutenção de reputação favorável para a marca. Isso é anda mais relevante quando o assunto é a marca empregadora.

Ao preparar sua liderança para atuar nas mídias sociais, e também na comunicação interna, seja como produtora ativa de conteúdo ou audiência engajada, a organização estabelece canais humanizados e autênticos para captar opiniões de seus colaboradores e clientes, com proximidade que estimula o diálogo, permitindo a antecipação de situações de crise e, claro, o crescimento do engajamento com a marca.

O treinamento de executivos, apesar de, a primeira vista, parecer mais uma responsabilidade a ser acumulada pelos líderes, garante que esses estejam capacitados para lidar com situações nas quais a comunicação é estratégica e pode significar o sucesso ou o fracasso em interações com suas equipes e outros públicos.

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As vantagens de uma liderança ativa

Segundo dados divulgados pela portal Social Media Today, líderes ativos nas mídias sociais podem aumentar o engajamento de colaborares com a marca e seu conteúdo em até 8 vezes. Isso se deve, em grande parte, ao efeito de reconhecimento e ao nível de confiança que as pessoas depositam em “pessoas como elas mesmas” nas redes (Gallup – UNICEF).

Alcançar resultados de impacto para a estratégia de marca empregadora e a presença digital da organização só é possível por meio do compartilhamento de histórias reais, contadas por pessoas reais, como mencionamos neste artigo. Ao contar com líderes ativos nas plataformas e produzir conteúdo baseado nas melhores práticas de storytelling, as organizações não garantem apenas melhor alcance e engajamento, mas o lastro necessário para a promoção de seu EVP e suporte ao seu posicionamento na prevenção e gestão de crises.

A Amanco Wavin, nosso cliente, é um exemplo do uso do LinkedIn como canal de promoção e gestão de sua marca empregadora e relacionamento com colaboradores, ao ter seu conteúdo orientado pelo compartilhamento de histórias de seus funcionários em diferentes níveis e experiências profissionais e pessoais, reforçando seus pilares de marca e EVP. Hoje, o canal é um dos principais da companhia e referência global para o grupo Orbia, do qual faz parte.

Compartilhar essas histórias não é apenas um recurso narrativo para lastrear o discurso organizacional, mas a melhor maneira de adotar uma conduta transparente no relacionamento com diferentes audiências estratégicas, demonstrando o comprometimento da empresa com seu propósito declarado e plataforma de oferta de valor ao empregado.

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Social listening em marca empregadora – ouvir, compreender e agir

Além da conduta proativa na produção de conteúdo e atividade nas mídias sociais, é preciso estar atento às tendências que pautam as discussões dos usuários nesses canais, identificando oportunidades e potenciais situações de risco e crise, por meio de práticas de social listening, viabilizando iniciativas que apoiem uma comunicação cada vez mais baseada e orientada por dados.

O monitoramento contínuo de palavras-chave e temas de interesse relacionados ao universo da marca, garante o preparo necessário para pautar a tomada de decisões estratégicas, seja pela área de comunicação corporativa ou colegiada, em conjunto com lideranças de diversas áreas.

Munida de dados estruturados e interpretações claras e assertivas, a comunicação corporativa pode estabelecer estratégias de conteúdo e ações focadas em conter a reprodução e alcance de situações de crise, desde que interações reais, on e offline, ocorram com a audiência engajada no tema e exista transparência e alinhamento no posicionamento apresentado.

Proatividade no Monitoramento das Mídias Sociais

Agir com proatividade no monitoramento e atividade nas mídias sociais é ainda mais relevante quando qualquer informação pode ser distorcida ou explorada fora de contexto pelo simples efeito de “choque e sensacionalismo”, tão explorado pelas fake news, as quais têm alcance, em média, 6 vezes maior (MIT) do que informações pautadas em fatos.

Movimentos como o “the great resignation”, iniciado e sustentado por trabalhadores dos EUA, mostram que o futuro do trabalho não será mais ditado apenas por leis de bem-estar social e que garantam direitos trabalhistas, mas por audiências mais críticas em relação à sua qualidade de vida e papel na sociedade, bem como de seus empregadores enquanto entidades cuja responsabilidade vai além de sua participação na economia.

Neste contexto, pensar e agir para criar o futuro que queremos deve ser uma prioridade orientada pela transparência no discurso e conduta empresarial, com inclusão de múltiplos stakeholders e escuta ativa de suas necessidades e anseios, contando com as práticas de comunicação corporativa na mediação e condução estratégicas dessas iniciativas, sempre priorizando um elemento em todos os processos: pessoas.