Várias determinações foram estabelecidas a respeito do uso dos dados a partir da LGPD. A questão da transparência no uso dos dados é um dos importantes tópicos do assunto, que tratamos no primeiro episódio desta Websérie. Te convido a assistir e ficar por dentro!
Dando sequência à série, o assunto que entra em pauta agora é: o que fazer com os dados coletados antes da vigência da lei?
A advogada Deborah Perrotti, do escritório MGA Advogados, e o gerente de estratégia digital do Grupo Trama Reputale, Kalil Blanco, discutem como as empresas devem trabalhar para que tais dados estejam de acordo com a LGPD.
“Os dados que as empresas já têm devem ser adequados à LGPD. Se a pessoa não teve a oportunidade de dar o consentimento em uma landing page, por exemplo, o mais correto é oferecer a ela agora a oportunidade de consentir”, destaca a advogada no bate-papo.
Deborah explica que o usuário pode tomar providências caso a empresa não haja da forma correta com os dados dele.
“Temos que lembrar que, na ponta, temos pessoas, que podem fazer denúncias ao Procon ou mesmo a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão responsável por fazer a fiscalização do cumprimento da Lei, dizendo que solicitou para a empresa eliminar os dados para tal finalidade e continua recebendo mensagens. É importante nos atermos a isso”, exemplifica.
LGPD e seus impactos nas ações das empresas
Blanco vai além e ressalta como a lei trouxe mudanças nas ações do dia a dia das companhias.
“Para as empresas que já não observavam as melhores práticas de transparência com as audiências mudou muita coisa. Agora, elas precisam se adequar completamente aos termos da lei, que traz diversas exigências e, dentre elas, a mais trabalhosa, é essa necessidade de ser perfeitamente claro em todos os usos dos dados do usuário que você irá fazer”, pontua o gerente de estratégia digital do Grupo Trama Reputale.
Isso significa que as companhias devem informar a finalidade da utilização dos dados que está coletando, como acrescenta Kalil.
“Se a empresa vai usar aquele dado para gerar um insight em relação a precificação de um produto, ou a oferta de um serviço, por exemplo, é preciso informar isso nos termos de uso”, alerta o especialista em marketing.
Confira o bate-papo completo no segundo episódio da Websérie: