Se antes do Plano Real, implantado em 94, o brasileiro costumava ir uma ou duas vezes por mês aos supermercados para abastecer a “despensa”, com a estabilidade da moeda e o risco de inflação galopante descartado, o hábito mudou consideravelmente.

Estudo publicado pela Nielsen, em julho, identificou que os consumidores estão indo mais às compras e elegendo canais de distribuição diversificados. Em 2008, foram necessárias 106 idas aos estabelecimentos para se abastecer a casa, enquanto no ano passado (2010) foram 123.

Isso tem impactado a indústria alimentícia que, por sua vez, não tem medido esforços para diversificar embalagens, criar novos produtos prontos para o consumo e em menores porções, além de novos temperos, sabores e aromas. É o foco no aumento de poder aquisitivo da classe média, leia-se 55% da população brasileira, ávida por novidades e com maior acesso a bens de consumo.