UNICEF orienta como acolher e conversar com crianças impactadas pelas inundações no Rio Grande do Sul - Trama
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UNICEF orienta como acolher e conversar com crianças impactadas pelas inundações no Rio Grande do Sul

Situações extremas podem ser promotoras do chamado “estresse tóxico”. É preciso tomar medidas para mitigar esses impactos e cuidar de meninas e meninos afetados pela emergência.

 

Brasília, 14 de maio de 2024 – Situações extremas, como as inundações no Rio Grande do Sul, impactam profundamente a vida crianças e adolescentes, deixando-os expostos a medos e traumas. As crianças, em especial as mais novas, ainda não têm repertório para lidar com essas emoções, necessitando de cuidados específicos. Diante desse cenário, o UNICEF preparou orientações para apoiar mães, pais e cuidadores nesse processo de acolhimento e cuidado com meninas e meninos afetados pelas chuvas. 

“Desastres ambientais podem ser promotores do chamado ‘estresse tóxico’. É importante que os adultos possam oferecer o suporte necessário para que as crianças continuem tendo um desenvolvimento saudável e pleno. Isso pode ser feito por meio do cuidado responsivo, da escuta atenta e do acolhimento na conversa e nas brincadeiras”, explica Maíra Souza, oficial de desenvolvimento infantil do UNICEF no Brasil. 

Sabendo dos impactos dessa emergência na infância, o UNICEF preparou uma série de orientações para mães, pais, cuidadores e pessoas que estão atuando nos atendimentos de meninas e meninas. Confirma as principais recomendações a seguir: 

Quando conversar com a criança, procure manter a calma e respirar. As crianças sentirão o mesmo que veem em você.   

Em caso de evacuação, explique brevemente o que vai acontecer. Se as condições permitirem, deixe que fiquem com um objeto especial, como um brinquedo.   

Pergunte o que a criança sabe sobre o que está acontecendo e ouça com atenção o que tem a dizer. É provável que a criança repita muitas vezes o que pensa. Diga que suas perguntas e comentários são importantes.   

Se a criança não quiser conversar, não a pressione. Se a criança chorar, não a peça para parar ou reprimir suas emoções: o choro também é uma forma saudável de descarga emocional. 

Explique de forma real e simples o que está acontecendo. Evite mentir, como dizer que “isso não vai acontecer de novo”.  

Se estiver em abrigos, veja se é possível reservar um espaço em que as crianças possam brincar em segurança.   

Na medida do possível, tente retomar uma rotina e procure proporcionar espaços de brincadeira com outros meninos e meninas. Estimule que a criança desenhe, pinte, ouça música e brinque.   

Lembre-se de que você também está sob estresse emocional. Cuide-se para poder dar o apoio necessário aos meninos e meninas. Compartilhe o que você sente com outras pessoas.  

Crie oportunidades para que todas e todos se sintam parte das soluções, inclusive crianças e adolescentes com deficiência. Encontrar maneiras seguras de contribuir é um caminho valioso de fortalecimento. 

Ajude a identificarem apoios em suas vidas, como amigos ou familiares. Incentive a reflexão sobre como conseguiram lidar com situações de dificuldade do passado, afirmando a habilidade que têm de lidar com a situação atual. 

Sempre forneça informações corretas sobre uma situação de crise. Se não souber responder, proponha descobrirem juntos e juntas.  

  

UNICEF no Rio Grande do Sul 

Neste momento, mais de 80 mil pessoas estão alojadas em abrigos com variados níveis de infraestrutura, incluindo milhares de crianças e adolescentes. Diante desse cenário, o UNICEF intensificou seus esforços, colaborando com o governo para proteger especialmente meninas e meninos desacompanhados ou vulneráveis. Um dos pontos da resposta é um mapeamento, junto com órgão do governo, de crianças e adolescentes abrigados, identificando quantos são, as idades e suas necessidades específicas em meio à crise. 

O UNICEF está, também, disponibilizando kits recreativos e educativos para os abrigos, e vai apoiar na criação de espaços seguros nos abrigos para que crianças possam brincar e se sentir acolhidas, apesar das adversidades. Além disso, o UNICEF vai distribuir, aos abrigos, kits de saúde menstrual, kits de higiene e kits de cuidados com bebês. No campo da saúde mental, o UNICEF colocou o canal ‘Pode Falar’ à disposição oferecendo suporte emocional online a adolescentes e jovens afetados.  

Como ajudar 

Para apoiar a resposta do UNICEF às chuvas no Rio Grande do Sul, pessoas físicas podem fazer doações de qualquer valor através do PIX para pix@unicef.org. Em caso de dúvidas, pessoas físicas podem ligar para 0800 605 2020. Empresas, fundações e filantropos interessados em apoiar podem entrar em contato através do e-mail parcerias@unicef.org. 

  

Sobre as chuvas no Rio Grande do Sul 

As chuvas no Rio Grande do Sul causaram um rastro de destruição no Estado e geraram a declaração, pela Defesa Civil, de alerta de Calamidade Pública nível III, o mais alto do país. Segundo o último boletim da Defesa Civil, de quarta-feira, 13 de maio, são 447 municípios com mais de 2,1 milhões de pessoas afetadas e 538 mil desalojadas, com 147 mortes registradas até o momento. Ainda há previsão de chuvas para os próximos dias em partes do estado e serviços como abastecimento de água estão severamente prejudicados na capital Porto Alegre e outros municípios.   

 

Sobre o UNICEF 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos. Saiba mais acessando o site oficial e acompanhe as ações da organização no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e LinkedIn. 

  

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