Singer investe para aumentar capacidade da única fábrica de agulhas do Ocidente
Localizada em Indaiatuba (SP), planta é responsável pela exportação para 50 países; expectativa da Singer para 2021 é crescimento de 29% nas vendas
São Paulo, maio de 2021 – Na contramão de setores que recuaram devido a pandemia da Covid-19, outros continuam ganhando força, como é o caso do e-commerce e do varejo. No segmento de máquinas de costura, por exemplo, a Singer do Brasil teve um recorde de vendas em 2020, crescendo mais de 30% em relação ao ano anterior, enquanto que, em sua loja online, as vendas aumentaram em mais de 500%.
Este cenário fez com que a Singer do Brasil, líder mundial na fabricação de máquinas e acessórios de costura domésticos e industriais, repensasse a jornada de trabalho na fábrica de agulhas para atender a crescente demanda do mercado. Sediada em Indaiatuba (SP), é a única fábrica do Ocidente que produz agulhas e exporta para mais de 50 países, entre eles Estados Unidos, México, China, Turquia, França e Índia.
Para atender a alta demanda, não só no Brasil, como em outros países, a Singer está investindo em recursos e ações. A fábrica de agulhas passou a produzir na capacidade máxima, operando em três turnos, e contratou todas as horas extras disponíveis, inclusive aos sábados. Além disso, a Singer adquiriu uma nova máquina de empacotamento e desenvolveu projetos de Lean Manufacturing nos principais gargalos produtivos. “Com todas essas mudanças, nossa expectativa é aumentar em até 11% a capacidade máxima da fábrica de agulhas a partir de agosto”, comenta Concheta Feliciano, diretora de marketing da Singer do Brasil para a América Latina.
Atualmente, a fábrica conta com 220 funcionários diretos, sendo que 68 foram contratados em 2020 por conta do aumento da demanda. A expectativa da Singer para 2021 é crescimento de 29%, incrementando sua capacidade produtiva para 200 milhões de agulhas por ano. O mercado brasileiro consome cerca de 80 milhões de agulhas anualmente, mas possui uma demanda reprimida que a Singer pretende atender.
Alguns fatores que explicam o resultado tão positivo neste segmento são o aumento do empreendedorismo e o crescente investimento em hobbies. Dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada em conjunto com o Sebrae, mostram que a taxa de empreendedorismo no Brasil bateu recorde em 2020, com o maior número de novos autônomos dos últimos 20 anos, um cenário que refletiu a tentativa de driblar a crise econômica gerada pela pandemia. Além disso, segundo a Serasa Experian, foram abertas no país no ano passado mais de 3,3 milhões de novas empresas, sendo 6,2% delas do setor de confecção, atrás apenas do segmento de alimentação (9,7%).
Investimento em hobbies – De acordo com estudo da MasterCard SpendingPulse, o crescimento do mercado de e-commerce durante a pandemia se deve ao surgimento de novos hábitos entre os consumidores, e aponta a categoria de hobby & livrarias como uma das que mais se destacaram nesse cenário positivo (+110%). Nesse aspecto, há também mudanças nos hábitos do consumidor, que está cada vez mais exigente e interessado em inovação, performance e personalização.
“Estamos observando desde o ano passado um forte crescimento na venda de máquinas de costura, assim como na demanda por acessórios. Esse aumento é resultado da mudança de comportamento do consumidor que, com o isolamento social, passou a valorizar ainda mais as atividades manuais e a apreciar peças personalizadas. Há, ainda, a necessidade de incrementar e, até mesmo, gerar renda, e muitos optaram por investir na costura como projeto para empreender”, finaliza Concheta Feliciano.