Levantamento divulgado pela EDC Group traz panorama sobre as mudanças comportamentais e profissionais impulsionadas pelo período de isolamento social
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É notável que a pandemia reestruturou diversos conceitos e construções sociais que perduram há anos. Entre os questionamentos e mudanças impulsionadas pelo período de isolamento social, é possível destacar a forma como as pessoas lidam com a relação entre trabalho e vida pessoal. É isso o que aponta a pesquisa realizada pela EDC Group. 91% dos entrevistados sentiram que mudaram o seu propósito de vida durante a pandemia e 53% perderam o interesse nas atividades profissionais que realizavam.
De acordo com a multinacional brasileira com atuação na área de consultoria e outsourcing de serviços, as mudanças comportamentais fomentadas por esse momento atípico exercem um papel imprescindível no processo de contratação e retenção de talentos, sobretudo, considerando que as prioridades e desejos dos trabalhadores mudaram consideravelmente, 52% dos respondentes afirmam ter mudado a percepção de trabalho durante a pandemia que teve início em 2020. Dois anos depois, as mudanças impulsionadas pelo período perduraram entre as preferências dos trabalhadores.
Dentro do universo de participantes da pesquisa 62,3% estão focados em oportunidades profissionais que facilitam o equilíbrio do trabalho com uma alimentação saudável e prática de exercícios físicos. Outros 51% buscam por jornadas de trabalho mais flexíveis para passar mais tempo com a família, já os outros 35,7% anseiam por vagas que permitem o desenvolvimento de hobbies e oportunidades de aperfeiçoamento profissional.
”Essa mudança de priorização pode ser explicada de forma antropológica. Durante o período de isolamento observamos o alto índice de óbitos, contágios e complicações ocasionadas pela Covid-19. As pessoas passaram a valorizar mais o seu tempo, saúde e bem-estar geral. A remuneração ainda é um fator importantíssimo para a atração de candidatos, no entanto, ela deixou de ser o fator decisivo’’, frisa Daniel Machado de Campos Neto, CEO da EDC Group.
Embora a pandemia tenha impulsionado essa busca por vagas mais humanizadas, também é possível notar insegurança no processo de migração de trabalho. 55% dos entrevistados não buscam trocar de emprego e, 78,4% almejavam fazer alguma mudança na carreira antes da pandemia. Essa falta de confiança pode ser explicada pelo alto índice de desemprego e demissões durante o período pandêmico, entre os participantes da pesquisa, 29,3% dos respondentes foram demitidos e passaram a integrar o índice nacional de desemprego de 14,4% registrados em 2021.
Com o aquecimento do mercado e a retomada gradativa das empresas e negócios, a tendência é que essa mudança de comportamento do trabalhador seja ainda mais evidente. Para o CEO da EDC Group, esse é o momento dos empresários e recrutadores entenderem que essa priorização é legítima e funcional se bem estruturada.
”A sociedade é cíclica e adaptável. Essa mudança de comportamento é uma resposta a diversos pontos que podem e estão sendo otimizados por meio de regimes de trabalho mais flexíveis. Nessa equação, empregador e empregado podem desfrutar de uma relação mais produtiva e menos fadigada’’, finaliza Campos Neto.
Metodologia
A empresa ouviu pessoas de todo o País para entender os impactos comportamentais, sociais e profissionais ocasionados pela pandemia. A pesquisa foi aberta e divulgada nas redes sociais da empresa e para os contatos da base de dados da EDC Group.