O setor da construção civil tem como ponto positivo a capacidade se adaptar diante das adversidades, a exemplo das incertezas impostas pela pandemia e de como o setor conseguiu se manter em crescimento mesmo em meio à crise.
Recentemente, o Construsummit, evento de tecnologia e gestão da indústria da construção, promoveu debates importantes para que o setor garanta eficiência operacional e crescimento diante dos desafios. O evento foi realizado em setembro pelo Sienge, maior ecossistema tecnológico da indústria da construção.
Um dos temas apresentados de forma inédita foi a preparação necessária para que incorporadoras e bancos se ajustem à Resolução 4.909, do Conselho Monetário Nacional, que estabelece condições gerais para a contratação de financiamento de imóveis. O prazo para adequação é curto: todos devem estar aderentes até 31 de dezembro de 2022.
Para Guilherme Quandt, diretor de Marketing e Estratégia do Sienge, a consolidação e o desenvolvimento de qualquer segmento econômico passam, obrigatoriamente, pela criação de um ambiente regulatório que traga conformidade e segurança jurídica para suas atividades.
“Em um passado, não muito distante, a construção civil sofreu muito por ainda estar engatinhando neste tema. O cenário mudou muito nos últimos dez anos, o que contribuiu para que o segmento esteja posicionado como pilar de recuperação econômica durante e após a pandemia. Neste contexto, podemos afirmar que a Resolução 4.909 adiciona mais uma camada na construção de um mercado cada vez mais transparente e seguro para todas as partes envolvidas, usando da tecnologia para entregar segurança nas operações envolvendo crédito imobiliário”, complementa.
Às empresas que adequarem seus processos dentro do prazo, o próximo ano deve iniciar com projeções otimistas, garantindo redução de custos, padronização e mais transparência aos processos, e um salto à frente nesse momento de crescimento do setor.