Para presidente da Arklok, um dos maiores players do Brasil no setor, decisão é estratégica e reflete necessidade de focar no core businees
Em um cenário em que o aumento dos investimentos eleva a pressão por resultados, a dificuldade de recrutar, desenvolver e reter talentos necessários para suas equipes segue entre as principais dores de cabeça das lideranças na área de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil.
O diagnóstico é do relatório “Expectativas do mercado de TI – Principais desafios e demandas que guiarão as iniciativas em 2023”, realizado pelo IT Mídia, com mais de 350 empresas de grande porte no País.
O estudo mostra que 97% das empresas entrevistadas devem manter ou aumentar seus investimentos em TI em 2023. Porém, os dados mostram também que na outra ponta o mercado vive um apagão de especialistas em tecnologia, necessários para compor as equipes e tocar os projetos. A dificuldade em contratar e manter a mão de obra especializada dentro dos seus quadros é o segundo entrave ao negócio mais citado pelos líderes ouvidos pela pesquisa, atrás apenas da preocupação com o conflito de prioridades para implementar estratégias empresariais.
Sem a possibilidade de preencher essas lacunas contratando profissionais no mercado, as empresas correm para treinar seus quadros dentro de casa e assim suprir demandas futuras. No curto prazo as organizações buscam alternativas para conter ou reduzir a pressão e sobrecarga que acaba caindo sobre os ombros de seus gestores.
Nesse sentido, companhias têm recorrido ao outsourcing de suas estruturas de TI para liberar as horas de seus gestores e deixá-los focados em projetos diretamente ligados ao core business da empresa. É o que revela a presidente da Arklok, um dos maiores players do Brasil do setor de locação de infraestrutura de TI, Andrea Rivetti. Segundo ela, no primeiro trimestre deste ano a empresa registrou aumento de 53% na procura de locação de equipamentos, licenças de software e demais soluções que compõem seu complexo portifólio. “São decisões estratégicas que visam a dar a esses gestores tempo e espaço para que eles tenham ainda mais foco nos desafios do negócio da organização”, explica Andrea.
A executiva pontua que este tem sido um movimento natural na medida em que as empresas ampliam seus investimentos e esforços na ampliação da sua presença online. “São tanto empresas de pequeno e médio porte que deixam de gerir sua infraestrutura tecnológica dentro de casa, quanto as maiores que ampliam sua exposição para outras soluções, como as de cibersegurança, aplicações em nuvem, etc”, detalha.
Além de representar uma saída para desafogar a gestão de TI dentro das empresas, Andrea também chama a atenção para os ganhos operacionais que essas soluções agregam para os clientes, na medida em que empregam alta tecnologia a um baixo custo de implantação. “O mercado de outsourcing, tem tido um papel fundamental nesse momento de retomada do crescimento. Temos sentido essa pressão e nos posicionado para ampliar nossa presença e continuar a sustentar o crescimento dos negócios dos clientes, através de soluções completas que desonerem e liberem as equipes para atuar no Core Business”, finaliza.