Moda sustentável: costura e personalização são tendências para 2022
Buscas na internet por produtos sustentáveis cresceram 71% nos últimos cinco anos
São Paulo, janeiro de 2022 – O isolamento social ocasionado pela pandemia da Covid-19 acabou transformando muitos hábitos de consumo. De acordo com pesquisa divulgada pela Economist Intelligence Unit (EIU), as buscas na internet por produtos sustentáveis tiveram crescimento de 71% nos últimos cinco anos. Contemplando mais de 54 países, o estudo aponta que, no Brasil, os tuítes relacionados ao assunto aumentaram 82% no período analisado e o volume de notícias cresceu 60%.
No segmento da moda, as mudanças de consumo são impulsionadas pelo movimento slow fashion, que valoriza o que é essencial no guarda-roupa e propõe a redução do descarte de peças, além de conscientizar sobre a alternativa de compras em um brechó, por exemplo.
Com este cenário, a atividade de costura e personalização de peças ganha ainda mais força, seja para uso pessoal ou para gerar renda extra. Essa tendência é refletida no crescimento do mercado de máquinas de costura nos últimos anos. A PFAFF, marca de máquinas de costuras mais robustas do mercado pertencente ao grupo SVP Worldwide, e a Singer, do mesmo grupo, registraram crescimento expressivo nos últimos dois anos.
Enquanto isso, o mercado de máquinas de costura doméstica cresceu em 2021 73% e o de máquinas premium, 266%, ambos em relação a 2020.
“A costura permite a criação de peças únicas, personalizadas e sofisticadas, além de ser uma forma de contribuir com a sustentabilidade. Chamada de upcycling, essa tendência na moda une sustentabilidade e criatividade, pois reaproveita peças e sobras de tecidos, que seriam descartadas, para personalizar ou criar itens exclusivos”, explica Concheta Feliciano, diretora de marketing da Singer e da PFAFF para a América Latina.
A executiva destaca ainda que o conceito de moda sustentável não está apenas em transformar roupas, mas em trabalhar com alternativas para minimizar os impactos ambientais também na matéria prima das peças. Ou seja, é importante priorizar tecidos naturais, sem química, como o algodão orgânico, por exemplo. “Além disso, é preciso estar atento às sobras das produções. Com a arte da costura é possível aproveitar ao máximo os resíduos, evitando, assim, os descartes”, finaliza.