A empresa, que tem investidores celeridades como Sabrina Sato, Felipe Neto, Luciano Huck e Nizan Guanaes, arrebatou uma rodada de investimentos pre-series A, e está preparada para novos caminhos
Etienne Du Jardin e Monique Lima, fundadoras da Mimo Live Sales
São Paulo, maio de 2023 – Com apenas dois anos e meio e já consolidada como uma das principais empresas de live shopping B2B SAAS da América Latina, a Mimo Lives Sales tem mais um motivo para comemorar. Depois de receber investimentos-anjo de gigantes do show business brasileiro e de conhecidos empresários, como Sabrina Sato, Luciano Huck, Felipe Neto, Nizan Guanaes, entre outros, a Mimo anunciou a conclusão de uma nova rodada de investimentos.
A rodada foi financiada pelos CVCs da Locaweb (LW Ventures) e Cencosud Ventures e é considerada uma Pré-Série A*. Com os recursos adquiridos, a startup espera desenvolver ainda mais sua tecnologia ao vivo – permitindo que as compras aconteçam nos sites das marcas em maior escala -, e lançar novos recursos para extrair e analisar dados e insights em tempo real, para soluções de live commerce e vídeo commerce.
Segundo Monique Lima, CEO e cofundadora da Mimo, os recursos desta rodada representam um novo passo para a escalada dos negócios da empresa. “Com esta rodada, vamos focar em novos produtos para trazer mais autonomia e escala aos nossos clientes. Também melhoraremos nossos insights de dados que sempre foram o core do nosso produto”.
Internacionalização
A Mimo continua trabalhando pela internacionalização de suas operações. Monique conta que a Mimo nasceu com essa visão, e com a plataforma pronta para operar em três idiomas – português, inglês e espanhol.
“A tecnologia que desenvolvemos foi construída com linguagens híbridas e com isso já temos clientes fora do Brasil como a Cencosud (Colômbia, Chile, Peru e Argentina), Favo (Peru), Schultz e MaxMara (EUA). Não esperávamos ter este nível de internacionalização numa fase tão inicial do nosso ciclo de vida, mas há pouco mais de um ano começamos a ter clientes estrangeiros solicitando nossos serviços. O boca a boca de nossos clientes é uma ferramenta poderosa e fez com que essas e outras marcas chegassem até nós. Melhor Custo de Aquisição do Cliente (CAC) não existe”, comemora Monique.
A startup registra um aumento, em média, de 20% no faturamento todo mês. Anualmente esse índice atinge cerca de 300% de crescimento no faturamento. Além de consolidar a liderança no Brasil e impulsionar as vendas das marcas, a Mimo também quer conscientizar o mercado sobre essa nova forma de comprar e vender.
“No começo as marcas não sabiam o que era live shopping. Após dois anos percebemos que as marcas já sabem o que é e o potencial dessa ferramenta para aumentar suas vendas. Hoje, a dor das empresas geralmente é aprender o formato certo para realizar as lives. Esse é um diferencial que só a Mimo tem. Oferecemos um guia completo e consultoria de como vender ao vivo”, completa a empreendedora.
Live shopping
O Mimo Live Sales é um SAAS B2B Live Shopping, que permite que as marcas vendam produtos por transmissão ao vivo em seu e-commerce, e ajuda as empresas a aumentar as vendas e interagir em tempo real com seus clientes. A Mimo possui o maior banco de dados de Live Shopping do mercado Latam e uma metodologia própria de como as marcas devem fazer suas transmissões por segmento (são mais de 18). O método já é comprovado, e a conversão média da startup é de 10% em comparação com a conversão de 2% do e-commerce global.
A CPO e cofundadora da Mimo, Etienne Du Jardin, conta que outro ponto crucial é a capacidade da Mimo de simplificar o dia a dia das marcas ao automatizar os dados na plataforma. “Vamos muito além das informações de alcance e conversão; nós entregamos dados em tempo real e os resultados são impressionantes. Onde o consumidor está clicando? O que eles estão perguntando? A live não é só sobre vendas, é pesquisa em tempo real!”, comenta a CPO.
Além disso, as empresárias afirmam que a intenção é reforçar a disponibilidade de mais detalhes sobre como os produtos das marcas podem ser melhor comunicados aos consumidores finais após as lives.
Marcas adotam o comércio ao vivo
A carteira de clientes da Mimo continua crescendo mensalmente. A lista é grande, com marcas de 18 segmentos diferentes – como moda, beleza, alimentação, bebidas, eletroeletrônicos, casa e construção, e até o setor imobiliário e o agronegócio.
A empresa trabalha com marcas como Wella, Michael Kors, Bauducco, Max Mara, Pague Menos, Cencosud, Schutz e outras. Um dos grandes atrativos do live commerce é a conversão de vendas para marcas, em comparação com o e-commerce tradicional. “Enquanto o e-commerce tem a conversão mais baixa do varejo (2%) pois muita gente entra e pouca gente compra, com a Mimo chegamos a 10%, e até 30% em alguns segmentos. Poder assistir a live, entender o produto e comprar na mesma tela sem fricção já garante uma conversão maior. Quando a marca soma isso a todo o nosso conhecimento e utiliza a nossa metodologia ai é que a marca parte de 10 para 30%.”, garante a CEO.
Mercado em expansão
Esse número crescente de marcas no portfólio da Mimo reflete uma expansão do comércio ao vivo em todo o mundo. As projeções e estimativas estão ficando cada vez mais robustas. Na China, onde o live commerce nasceu em 2016, esse canal de venda já representa 30% de todas as vendas do e-commerce, e a expectativa é chegar a US$ 423 bilhões em vendas este ano, segundo a empresa de consultoria Mckinsey & Company.
De acordo com um novo estudo da consultoria global Accenture, as mídias sociais atingirão US$ 1,2 trilhão até 2025 e as compras ao vivo devem representar 20% desse total.
Esses números mostram que o comércio ao vivo não é mais apenas uma tendência, e sim uma realidade. E deve continuar a se desenvolver progressivamente, guiado pela tecnologia sem atrito e pelo novo comportamento do cliente de compras digitais, à medida que as pessoas se tornam mais abertas a fazer compras on-line e obtêm uma experiência de compra digital humanizada por meio de transmissão ao vivo.
*Investimento Pre-series A é uma rodada de captação destinada a startups que já passaram pela fase de ideação e tiveram aporte de capital.