Com o início da Copa e a proximidade das festas de fim de ano, o espetáculo de luzes e estampidos toma conta do céu. Fórmula Animal dá dicas importantes para proteger os animais dos efeitos nocivos dos fogos
São Paulo, novembro de 2022 – O show de luzes coloridas no céu, seguido por estampidos sonoros, é o anúncio tradicional de diversos tipos de celebrações, como a chegada do Ano Novo ou durante os jogos da Copa que, em 2022, atipicamente, emendará com as festas de fim de ano. E, apesar de causar encanto na maioria das pessoas, a cena protagonizada pelos fogos de artifício pode ser um verdadeiro pesadelo para tutores de cães e gatos. Isso porque a capacidade auditiva dos bichinhos é bem maior do que a dos humanos e, para eles, o barulho se torna insuportável, causando medo e agitação.
Segundo Gisele Starosky, médica veterinária da Fórmula Animal ― rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que produz medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada ― o som da explosão dos fogos de artifício causa estresse nos animais, provocando reações físicas e psicológicas.
“Quando expostos a barulhos excessivamente altos, cães, gatos e outros animais domésticos podem apresentar sinais de ansiedade, pânico e/ou agressividade. Outro ponto é que, durante o desespero, eles têm uma tendência a procurar rotas de fuga e podem se machucar gravemente em portas e/ou janelas com vidros, por exemplo. Há, também, casos mais extremos, nos quais os pets podem ter uma parada cardíaca e vir a óbito”, explica Gisele.
O que fazer para acalmar o pet?
Alguns municípios têm leis que proíbem a queima de fogos com estampido, a fim de preservar o bem-estar dos bichinhos. Mas, como na maior parte do Brasil a realidade é a convivência com os barulhos excessivos dos foguetes durante as festividades, é importante que os tutores fiquem atentos a algumas medidas de segurança. A primeira delas é não deixar o animal sozinho em casa durante esses momentos, para que ele não se sinta em perigo e tente fugir da residência, causando algum tipo de acidente.
“Outro ponto fundamental é que o tutor deve criar um ambiente seguro e aconchegante para o pet. É importante arquitetar uma atmosfera bem tranquila dentro da residência, em que fique perceptível para o animal que o barulho está do lado de fora e não poderá fazer mal a ele. Assim, portas, janelas e cortinas devem permanecer fechadas até o término do barulho”, orienta a médica veterinária da Fórmula Animal.
Outra dica é acostumar o pet com barulhos mais altos, como músicas tocadas em caixas de som, nos dias que antecedem as celebrações. Para que o bichinho fique confortável com a situação, o tutor pode aproveitar o momento e oferecer petiscos ou brinquedos, para distraí-lo.
Aliados naturais: Florais de Bach e óleos essenciais
Além do manejo do ambiente os pets que têm medo dos fogos de artifício podem ser beneficiados com o uso de duas terapias naturais e sem contraindicação: Florais de Bach e a aromaterapia.
De acordo com Renata Piazera, farmacêutica e CEO da Fórmula Animal, a função das essências florais no tratamento dos animais “é restaurar o equilíbrio e a harmonia, curando distúrbios e doenças”. Os Florais de Bach atuam revertendo os movimentos negativos da psique, direcionando-os opostamente. Em outras palavras: eles agem proporcionando um estado completo de bem-estar, ou seja, físico, mental e social.
“Na medicina veterinária, as essências florais são as mesmas utilizadas em humanos, no entanto, a técnica de preparo deve ser diferente em cada animal, respeitando as características de cada espécie. E, ao contrário dos seres humanos, os animais reagem muito mais rápido às essências, pois não possuem os mesmos bloqueios emocionais”, explica Renata.
Para esse tipo de situação, a indicação é o Floral de Bach para medos e traumas, elaborado com a combinação das essências florais Star of Bethlehem (trauma, choque); Mimulus (medo de coisas definidas e timidez); Rock Rose (pânico, terror, medo, barulho, fogos); Aspen (medo de coisas desconhecidas; animais selvagens ou nervosos); e Walnut (para situação de mudança, adaptação de nova casa, adoção).
Já a aromaterapia, é feita por meio do uso terapêutico dos óleos essenciais, que são extraídos de plantas, flores e frutos. Esses óleos possuem diversos benefícios e sua absorção se dá pelo olfato e através da pele. Assim, podem ser inalados, aplicados topicamente ou via banhos aromáticos.
“Seu mecanismo de ação é simples: após o início da terapia com o óleo essencial, acontece o estímulo e liberação de substâncias químicas no cérebro, o que, consequentemente, permite a regulação de várias funções do organismo. A aromaterapia para pets é indicada em diversos tipos de situação, como enjoo, ansiedade, estresse e fadiga, entre outros. Os óleos podem ser manipulados em forma de gotas, roll-on ou difusor, em farmácias de manipulação veterinária”, explica Renata.
Neste caso o recomendado é um blend calmante, elaborado com dois tipos de óleos essenciais: lavanda, que possui propriedades tranquilizantes e relaxantes, e é ótimo para minimizar a ansiedade e o estresse; e laranja doce, que tem perfume cítrico e atributos que acalmam a mente e ajudam a aliviar sentimentos de irritação.
Use com segurança!
O Floral de Bach deve ser administrado diretamente na boca do animal, quatro vezes ao dia, ou pingar sobre o focinho, para que ele possa lamber e ingerir o produto. Outra possibilidade é adicionar 10 gotas no pote de água, mas, neste caso, o tutor deve ficar atento se o animal irá beber todo o líquido ao longo do dia. Também há a opção de pingar as quatro gotas em um grão de ração e dar para o pet comer.
Já em relação aos cuidados de aplicação da aromaterapia, a CEO da Fórmula Animal ressalta que os animais possuem o olfato muito mais apurado que os humanos, assim como sensibilidade de pele. Por isso, os óleos essenciais não devem ser utilizados no rosto, nos olhos e no nariz. “O ideal é que a aplicação seja feita na parte interna das orelhas ou na nuca do pet, dando preferência para a região com menos pelo. Além disso, é importante sempre buscar uma farmácia de manipulação qualificada, para que o produto seja preparado na dosagem certa, de acordo com a necessidade do animal”, finaliza Renata.