Mudanças fundamentais no setor não permitem mais amadorismo, e escolher os melhores influenciadores para cada campanha é essencial
São Paulo/SP, setembro de 2024 — O mercado do marketing de influência já soma US$ 248 bilhões em 2024 em todo o mundo. Só no Brasil, esse setor movimentou cerca de R$ 3.5 bilhões no ano, de acordo com a Influencer Marketing Hub.
A evolução do marketing de influência ganha força com o crescimento do uso de redes sociais que, no Brasil, já soma 175 milhões de usuários. Em média, cada pessoa gasta cerca de 4 horas e 20 minutos em redes sociais por dia, sendo 40% desse período investido no consumo de conteúdos criados por influenciadores digitais, conforme análise da Statista e e Marketer.
Com base em diversos dados levantados pela Influency.me, bem como pelo aprendizado e histórico da empresa na ativação de mais de 10 mil influenciadores, foram diagnosticadas 4 tendências irreversíveis do marketing de influência, que envolvem necessidades voltadas tanto a influenciadores quanto a empresas contratantes.
4 tendências irreversíveis do marketing de influência
Abaixo, destacamos e explicamos as principais tendências no marketing de influência diagnosticadas pela Influency.me.
Tendência nº 1: adoção de Inteligência Artificial
A integração de Inteligência Artificial (IA) à base de seleção de influenciadores oferece vantagens significativas para as marcas. Com IA, as marcas podem analisar métricas de desempenho dos influenciadores com uma precisão, negociar contratos, montar briefing e realizar monitoramento ativo.
Tempo que pode ser economizado utilizando ferramentas de IA integradas à seleção de influenciadores.
– Recrutamento e seleção:
- Sem IA – de 7 a 10 horas por semana
- Com IA – redução de 4 horas (38%)
– Negociação e briefing:
- Sem IA – de 10 a 14 horas por campanha
- Com IA: redução de 10 horas (80%)
– Monitoramento e relatório:
- Sem IA: de 10 a 12 horas por campanha
- Com IA: redução de 18 horas (80%)
Economia total ao longo do processo de contratação de influenciadores: 32 horas semanais
“Essa melhora processual também assegura que as escolhas sejam baseadas em dados confiáveis e relevantes. A automação do processo de triagem permite que as marcas avaliem mais influenciadores em menos tempo. Quanto mais influenciadores são analisados para uma campanha, maior a chance de as escolhas serem certeiras”, explica Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.
Tendência nº 2: User Generated Content (UGC)
User Generated Content (UGC) refere-se a qualquer tipo de conteúdo criado e compartilhado por usuários comuns, em vez de marcas ou profissionais de marketing. Esse tipo de conteúdo inclui postagens em redes sociais, avaliações de produtos e vídeos feitos por consumidores de forma voluntária.
Dados recentes mostram que 79% dos consumidores consideram que o UGC influencia suas decisões de compra (fonte: Hoostinger). Quando essa estratégia é utilizada de forma não orgânica – ou seja, quando os influenciadores são contratados para avaliarem determinado produto, a estratégia é semelhante e se chama IGC – Influencer Generated Content,
“Esse engajamento superior acontece porque os consumidores tendem a achar o UGC mais autêntico e alinhado às próprias experiências, o que incentiva maior taxa de engajamento. Pessoas falando com pessoas sempre passa mais confiança do que marcas vendendo seu produto”, comenta Azevedo, CEO da Influency.me.
Tendência nº 3: exigência por alta performance
“As marcas estão cada vez mais focadas em estratégias que proporcionem resultados mensuráveis e justifiquem os investimentos realizados, refletindo uma mudança para abordagens mais analíticas e baseadas em dados”, explica Rodrigo Azevedo, CEO.
Empresas gastam, em média, 38% do tempo total de uma campanha em busca e seleção, o que representa de 7 a 10 horas por semana para equipes dedicadas. Ferramentas automatizadas e plataformas de busca de influenciadores podem reduzir o tempo gasto em até 50%, de acordo com o Influencer Marketing Hub.
“O uso de ferramentas de análise avançada para monitorar o desempenho em tempo real também é um fator importante na consolidação dessa tendência. A adoção dessas tecnologias permite ajustes rápidos e informados nas campanhas, facilitando a alocação eficiente de recursos e a adaptação às mudanças nas condições do mercado”, completa Azevedo.
Tendência nº 4: hiperprofissionalização
Há quem invista de 40 a 50 horas para a produção de um único vídeo de 1 minuto. Foi o que Camila Pudim fez no vídeo se maquiando e cantando “Um poco loco”. Esse conteúdo alcançou 377 milhões de visualizações no TikTok e levou a influenciadora a crescer 3 milhões de seguidores em um mês.
“Crianças não têm mais o sonho de se tornarem astronautas, mas querem ser influenciadoras. É um mercado cada vez mais competitivo e, para se manter em alta, é preciso se diferenciar. Conteúdos improvisados e com recursos limitados já tiveram seu apogeu nos anos 2010. Agora, é a vez da hiperprofissionalização, de conteúdos roteirizados e com planejamento. Claro, sem perder a essência do criador, que é o que o diferencia”, confirma Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.