Dados de 2024 apontam crescimento da renda desses profissionais. No ano anterior, a maior parte dos influenciadores recebia até R$ 500 por mês
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São Paulo, dezembro de 2024 – Na plataforma Influency.me, são mais de 7 milhões de influenciadores que trabalham promovendo marcas e impulsionando a decisão de compra de milhares de pessoas. A profissão aparenta glamour, mas será que isso se reflete no faturamento dos influenciadores? Pesquisa realizada pela Influency.me e pela Opinion Box, que ouviu 900 profissionais do segmento, dentre os quais 21% são influenciadores, aponta que a maior parte dos produtores de conteúdo recebe entre R$ 500 e R$ 2 mil por mês.
Na pesquisa de 2023, a maior parte dos influenciadores (40%) recebia até R$ 500 mensais. “Realizamos essa pesquisa anualmente para entender o mercado de influência, suas mudanças e novidades. A pesquisa deste ano aponta um crescimento na renda dos influenciadores, mas ainda não é suficiente para que a maior parte desses profissionais trabalhe somente nesse segmento”, aponta Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.
Quanto ganham os influenciadores?
Segundo a pesquisa, o valor médio recebido em 2024 pelos influenciadores, mensalmente, é de:
– Até R$ 500: 27.1% dos influenciadores recebem até esse valor
– Entre R$ 500 e R$ 2.000: 33.2% dos influenciadores
– Entre R$ 2.000 e R$ 5.000: 17.1% dos influenciadores
– Entre R$ 5.000 e R$ 10.000: 12.1% dos influenciadores
– Entre R$ 10.000 e R$ 20.000: 5% dos influenciadores
– Entre R$ 20.000 e R$ 50.000: 4% dos influenciadores
– Acima de R$ 50.000: 1.5% dos influenciadores
Com a diminuição da quantidade de influenciadores que recebem até R$ 500 ao mês (de 41% em 2023, para 27.1% em 2024), a média recebida pelos influenciadores cresceu em todas as demais faixas.
Menos influenciadores vivem somente dessa renda
Apesar do aumento nos valores recebidos, menos influenciadores vivem apenas dessa renda. No ano anterior, 30% desses profissionais eram somente influenciadores. Em 2024, são 25.6% dos influenciadores que atuam somente nesse segmento.
Os demais influenciadores se dividem entre a influência e outras atividades remuneradas, como atividades freelancer (20.6%), trabalho CLT (19.6%), venda de infoprodutos ou como afiliados (16.6%), tendo sua própria marca (8%) e outras atividades diversas (9.5%).
“O mercado da influência não tem sido rentável o bastante para os criadores de conteúdo? Ele está saturado de muitos influenciadores fazendo mais do mesmo? Destacar-se em meio à multidão tem sido cada vez mais difícil e nos remete a uma das principais tendências para 2025: a ‘hiperprofissionalização’ da influência digital. Ou seja, não basta produzir conteúdo; é preciso produzir com excelência e de forma a encantar o público”, considera o CEO da Influency.me.
Influência digital é profissão?
Para 93% dos produtores de conteúdo que participaram da pesquisa, a influência digital é profissão. Para 78% deles, esse segmento precisa ser regulamentado.
No caso dos assessores desses profissionais, 89.5% dos respondentes à pesquisa consideram a influência digital profissão. Para 75%, o segmento deve ser regulamentado.
No Brasil, a profissão de influenciador digital ainda não é regulamentada. Há orientações, emitidas pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que não possuem força de lei.
“Apesar de já ser vista como profissão, a influência digital não apresenta a estabilidade de um emprego. O influenciador digital pode ter altos e baixos. Além disso, é uma profissão em que o nível de receita e recorrência podem variar caso a caso. Enquanto alguns conseguem receitas publicitárias relevantes todos os meses, outros passam por mais dificuldades”, afirma Azevedo, CEO da Influency.me. “As receitas de cada influenciador variam por diversos motivos. Dentre eles, destacamos o nível profissionalismo do influenciador”, complementa.
A influência digital é considerada profissão por 89.5% dos assessores desses profissionais, e 75% acreditam que o segmento deva ser regulamentado.