Influenciadoras como Camila Pudim, Nina Baiocchi e Carla Balta ilustram a tendência à “hiperprofissionalização” da influência digital em 2025, apontam dados da Influency.me
Influenciadora Camila Pudim já levou 50 horas para produzir um único conteúdo (Foto: reprodução YouTube @MaquiagemInspiradora)
São Paulo/ SP, novembro de 2024 – O mercado do marketing de influência é cada dia mais competitivo, e já contabiliza US$ 248 bilhões em 2024 em todo o mundo. Só no Brasil, esse setor movimentou cerca de R$ 3.5 bilhões no ano, de acordo com a Influencer Marketing Hub. No total, o País soma mais de 1 milhão de influenciadores digitais, segundo dados da plataforma Influency.me.
A evolução do marketing de influência ganha força com o crescimento do uso de redes sociais que, no Brasil, já soma 175 milhões de usuários. Segundo pesquisa realizada no segundo semestre de 2024 pela Influency.me e Opinion Box, 8 em cada 10 internautas seguem influenciadores nas redes sociais.
Para Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me, nesse mercado competitivo, conteúdos improvisados vão perdendo espaço. “Crianças não têm mais o sonho de se tornarem astronautas, mas querem ser influenciadoras. É um mercado cada vez mais concorrido e, para se manter em alta, é preciso se diferenciar. Conteúdos improvisados e com recursos limitados já tiveram seu apogeu nos anos 2010. Agora, é a vez da hiperprofissionalização, de conteúdos roteirizados e com planejamento”, confirma Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.
Influenciadores já investem de 40 a 50 horas para a produção de um único vídeo de 1 minuto. Foi o que Camila Pudim fez no vídeo se maquiando e cantando “Um poco loco”. Esse conteúdo alcançou 377 milhões de visualizações no TikTok e levou a influenciadora a crescer 3 milhões de seguidores em um único mês.
Quais conteúdos têm mais engajamento?
Ainda na pesquisa realizada pela Influency.me junto da Opinion Box, 26% dos respondentes afirmam que um conteúdo capaz de chamar sua atenção deve ter sido bem produzido. Ainda, parte dos respondentes considera importante que esse conteúdo seja “elaborado”.
Já o formato de conteúdo preferido pela audiência são vídeos de média duração (entre 1 e 3 minutos), de acordo com a maior parte dos respondentes da pesquisa. “Diferenciar-se dos demais em um mercado cada vez mais competitivo é um grande desafio. Influenciadores que se tornam referência em seu nicho, com conteúdos de alta qualidade, estão ganhando cada vez mais espaço”, explica o CEO da Influency.me.
É o caso de conteúdos com grande roteirização, como de Nina Baiocchi, que soma 2 milhões de seguidores no Instagram e produz vídeos capazes de provocar reflexões. “Casos como o de Nina são de grande sucesso, pois seu conteúdo é autêntico, profundo e muito bem roteirizado. Não é por acaso que ela está crescendo tanto como influenciadora”, complementa Azevedo, CEO.
Na mesma direção, intitulando-se “patricinha da classe média”, a influenciadora mineira Carla Balta já soma mais de 400 mil seguidores no Tiktok. Seu conteúdo é focado em mulheres e jovens de classe média, abordando cuidados pessoais de custo mediano com muito humor. “Outro segmento não explorado, mas com grande público, capaz de se identificar com os vídeos da mineira. Seus vídeos parecem levar a audiência para situações do dia a dia, mas são muito bem construídos, editados e finalizados”, destaca o Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me
Tendência para 2025
Palavras-chave como edição, cenografia, montagem, efeitos, roteiro, sonoplastia, iluminação e edição serão essenciais para o dia a dia de um influenciador de sucesso, já que não há mais espaço para improvisos.
Como todo mercado em crescimento, a tendência da influência digital é se profissionalizar cada vez mais. “É essencial que o influenciador tenha autenticidade e produza um conteúdo original. Não adianta copiar o tipo de vídeo de outro influenciador, pois todos vão lembrar do autor original e o segundo perderá credibilidade”, acrescenta Azevedo, CEO. “A força do nome do influenciador é sua marca”, finaliza o dirigente da Influency.me.