Ana Maria Rodrigues Pedro, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, é destaque na programação do 14º Congresso Brasileiro da Dor (CBDor), que acontece em São Paulo de 19 a 22 de junho
São Paulo, abril de 2019 – A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) realiza em São Paulo, de 19 a 22 de junho, o 14º Congresso Brasileiro da Dor (CBDor), que acontece no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. O evento contará com diversos convidados nacionais e internacionais que levarão ao público conhecimentos sobre o tema da dor de diferentes áreas da saúde.
Entre os destaques da programação está a conferência “Rotação de Opióides. Como? Quando? A quem?”, apresentada pela médica anestesiologista Ana Maria Rodrigues Pedro, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e coordenadora da Unidade de Dor do Hospital Professor Fernando Fonseca.
Na apresentação, a especialista abordará detalhes sobre esse tema que ganha cada vez mais destaque no estudo da dor. A rotação de opióides refere-se ao processo de mudança de um determinado fármaco, ou via da administração do mesmo, com o objetivo de obter melhores resultados no tratamento de um quadro de dor. “Podemos dizer também que é a troca de um opióide por outro quando a analgesia é insuficiente ou os efeitos adversos do opióide não se conseguem controlar”, explica a médica.
Na entrevista abaixo, Ana Maria dá uma prévia dos temas que tratará em sua conferência no CBDor. Confira.
SBED – A rotação de opióide é uma prática comum?
Dra. Ana Pedro – Há estudos que demonstram que podem ser necessárias cinco rotações sucessivas de um opióide de ação prolongada por outro para se obter um nível de analgesia adequado com efeitos adversos toleráveis. É uma prática comum tanto em dor oncológica como não oncológica.
SBED – Quando se deve fazer rotação de opióide?
Dra. Ana Pedro – A rotação de opióide está indicada quando há redução da capacidade analgésica, efeitos adversos incontroláveis/toxicidade ou outras ocorrências como rotura de fornecimento, perda de via de administração, entre outras.
SBED – Quais os riscos da rotação de opióides?
Dra. Ana Pedro – Sempre que se realiza a rotação de opióide pode ocorrer uma de duas situações:
- Sobredosagem e efeitos adversos graves e potencialmente fatais;
- Dose excessivamente baixa com agravamento da dor e eventualmente síndrome de abstinência.
SBED – Como é feita a rotação?
Dra. Ana Pedro – Com recurso às tabelas de equianalgesia, calcula-se a dose total diária do novo opióide e em seguida reduz-se 25 a 50% da dose, considerando a variabilidade individual e tolerância cruzada incompleta. Deve ser prevista terapêutica de resgate e feita reavaliação regular até se atingir o objetivo terapêutico.
Para saber mais sobre o congresso, acesso: http://sbed.org.br/14o-cbdor/
Sobre o 14º CBDor
Data: 19 a 22 de junho
Horário: das 8h às 18h
Local: Centro de Convenções Frei Cancea (Dentro do Shopping Frei Caneca)
Endereço: Rua Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo – SP
Inscrições e informações no site: http://sbed.org.br/14o-cbdor/