Por Mauro Bentes
A inserção da agenda ESG (da sigla em inglês que significa- Meio Ambiente, Social e Governança), na rotina das empresas, tem mudado as práticas e estratégias corporativas. Refletindo a relevância da necessidade de ampliar a consciência sobre os temas que englobam o ESG, não só as urgências ambientais e sociais estão em jogo, mas também a performance das corporações e a forma como querem se mostrar para o mercado.
Um estudo elaborado pela Honeywell, em parceria com Futurum Research mostrou que 54% das empresas afirmam estar “muito otimistas” em atingir suas metas de sustentabilidade nos próximos 12 meses. O chamado Índice de Sustentabilidade Ambiental (ESI, na sigla em inglês), apontou ainda que 86% das organizações em todo o mundo planejam aumentar os seus investimentos em sustentabilidade.
Para que o cumprimento dessas metas seja alcançado, é importante que toda a organização esteja integrada e contribua para o resultado. E é papel do gestor propagar a mentalidade em seus liderados, além da criação de campanhas de engajamento e estratégias para vencer os desafios e internalizar as práticas em todas as áreas das corporações.
Integrando o ESG na pauta dos gestores de tecnologia
Considerado por muitos o coração das empresas, o setor de TI (Tecnologia da Informação) concentra a infraestrutura para funcionamento das principais áreas de corporações em todo o mundo. À medida que sua relevância cresce, as preocupações com a adesão de práticas ESG também crescem, principalmente no que diz respeito ao impacto ambiental gerado pelo departamento.
Ao contrário do que muitos acreditam, um bom gestor de TI deve também se ater aos movimentos de mercado e, sobretudo, estar alinhado com boas práticas ambientais que exercem grande impacto para o negócio. Dito isso, é crucial que as lideranças dos departamentos de Tecnologia da Informação incorporem entre as principais pautas da divisão a administração adequada de resíduos finitos.
Felizmente, cada vez mais se ouve falar no termo TI verde, que tem sido adotado por gestores que precisam integrar a área às boas práticas ambientais. Para isso, cada vez mais vez as empresas buscam novas possibilidades para contribuir com a redução de impactos negativos ao meio ambiente, como a redução do consumo de energia, reciclagem de equipamentos, o uso de servidores em nuvem ao invés de locais, entre outras.
Como incluir essas práticas no departamento de TI?
Uma das principais iniciativas que podem ser observadas no setor de tecnologia da informação é o outsourcing de infraestrutura de TI, que pode ser um aliado importante na redução do consumo de energia. A prática permite a disponibilização de uma infraestrutura de equipamentos que podem ser mais eficientes e com isso reduzir o consumo se comparado com o uso de servidores e data centers próprios.
A gestão de resíduos eletrônicos é o segundo fator mais importante e que também pode ser resolvido com o outsourcing, dado que é possível alugar equipamentos seminovos de boa qualidade, evitando a compra de novos e ampliando a vida útil dos aparelhos. Se necessário descartar, as marcas já contam com iniciativas de descarte correto e reciclagem, evitando a poluição que pode ser promovida ao se desfazer dos aparelhos de maneira incorreta.
Para alcançar bons resultados, algumas empresas recorrem a parceiros estratégicos e instituições que oferecem soluções como as apresentadas, que auxiliam o gestor na implementação das iniciativas e na apuração da eficácia.
Se o setor de TI evolui junto com a empresa e suas boas práticas, é possível criar um futuro mais sustentável posicionando a marca como um agente para a mudança, elevando seu potencial no mercado. O gestor se torna a peça-chave que conduz aos bons resultados, sendo o catalizador da transformação e alcance das metas. Boas práticas ambientais e sociais devem ser a prioridade de todos. Como você está incorporando isso ao seu departamento de TI?
Mauro Bentes é diretor de Tecnologia da Informação na Arklok, a maior empresa de outsourcing de infraestrutura de TI do Brasil.