*Por Renan Torres
O Brasil é considerado uma terra fértil para os empreendedores, afinal, contamos com um ecossistema de startups emergentes com muito potencial de desenvolvimento. Mundialmente reconhecidos enquanto um povo criativo, essa inovação desperta também o interesse de grandes investidores nacionais e internacionais, o que pode ser um verdadeiro salto para essas empresas que estão em processo de consolidação e conquista de mercado.
No entanto, até captar investimentos, a trajetória das startups tende a ser desafiadora, sobretudo, considerando a última crise que afetou consideravelmente o setor no primeiro semestre de 2022, onde os aportes se tornaram cada vez mais escassos e o termo lay-off passou a pipocar no feed do LinkedIn da maioria dos usuários.
Diante de um cenário mais conservador para esses negócios, frear os custos é uma medida de sobrevivência necessária. O novo levantamento feito pela Liga Ventures, em parceria com a PwC Brasil, identificou que a maioria das startups na América Latina, no caso 75% delas, possuem equipes de até 50 funcionários.
Disponibilizar equipamentos para dezenas de funcionários, além dos gastos com envio, logística e reparo dessa infraestrutura pode representar um custo substancial para os caixas dessas companhias. Por isso, a terceirização da infraestrutura de TI pode ser uma grande aliada dessas empresas em período de crescimento e consolidação, principalmente nos últimos meses em que os orçamentos estão enxutos.
Dessa forma, é possível redirecionar o custo que seria enviado para a aquisição e gestão desses equipamentos para outros segmentos e setores, além de enxugar gastos com a contratação de funcionários responsáveis pela manutenção da infraestrutura.
Embora os desafios sejam muitos para as startups, cabe ao setor privado e público incentivar essas organizações empresariais ou societárias, nascentes ou em operação recente, cuja atuação caracteriza-se pela inovação.
Além disso, vale ressaltar que o Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador por meio da Lei Complementar Nº 182 aconteceu há pouco mais de um ano, ainda existe muito caminho a ser percorrido no âmbito legislativo para amparar e incentivar esse mercado.
No que diz respeito ao setor privado, cabe a nós investir, consumir e oferecer soluções que abracem as problemáticas dessa parcela de negócios tão importantes para o fermento da inovação e da tecnologia brasileira.
*Renan Torres é vice-presidente da Arklok