Como empresas brasileiras estão ajudando a resolver a questão da falta de
profissionais qualificados
São Paulo, setembro de 2024: A escassez de mão de obra no setor da construção civil se constitui como um desafio significativo para o desenvolvimento econômico e social de diversas regiões. Este problema pode ser atribuído a uma combinação de fatores, incluindo o envelhecimento da força de trabalho, a falta de formação adequada e as condições de trabalho frequentemente adversas.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou de 1,3% para 2,3% a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção para 2024, índice acima das previsões para o PIB brasileiro, que tem como motivações principais as boas perspectivas de compras e lançamentos, além da projeção da melhoria da economia brasileira.
Apesar de a área responder por 6,24% do total de trabalhadores com carteira assinada no País, foi responsável por 14,62% do total dos novos empregos formais gerados nos primeiros cinco meses deste ano, conforme apontam dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Entretanto, as sondagens empresariais realizadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apontaram que menções a escassez de mão de obra qualificada como limitante aos negócios passaram de 25,4% em maio para 28,7% em junho, assumindo o primeiro lugar entre os entraves citados. É também o maior valor para junho desde 2014 (31,6%).
“Essa problemática tem sido cada vez mais observada pelos empresários da construção civil, uma vez que com as altas expectativas de melhorias e ganhos esperados, estima-se que as construtoras NÃO(aqui deveria ter um não, certo?) tenham trabalhadores suficientes para concluir os projetos”, comenta Luis Claudio Monteiro, COO da SH, empresa brasileira de engenharia, especializada em fornecer soluções para a execução de estruturas de concreto.
Principais causas para a escassez de mão de obra
Um dos principais fatores que contribuem para a questão é o já citado envelhecimento da população que atua neste setor. Muitos colaboradores possuem idade avançada e se aproximam da aposentadoria, enquanto a juventude se vê atraída por outras áreas que oferecem melhores condições laborais e financeiras. Além disso, a carência de programas de formação técnica e profissional que englobem as especificidades da construção civil perpetua essa lacuna, tornando difícil a inserção de novos trabalhadores qualificados.
O risco de acidentes também pode ser considerado um fator que afasta os mais jovens de se interessarem pelo setor. O baixo índice de inovação é outro ponto de atenção, que reafirma também a necessidade da industrialização da construção civil, facilitando processos e tornando-os mais escaláveis.
Uma outra causa é a desvalorização da mão de obra existente, que muitas vezes não possui incentivos salariais e reconhecimento de habilidades que podem motivar os trabalhadores que já atuam na área a permanecer e aprimorar suas competências.
“Um bom ambiente de trabalho faz diferença em qualquer setor. É importante acompanhar de perto os profissionais e entender suas demandas e necessidades. A criação de campanhas de incentivo pode ser uma boa forma de começar. Colaboradores felizes se tornam promotores da marca, que podem inclusive recomendar vagas para conhecidos”, destaca o executivo.
Soluções a curto e médio prazo
Diversas empresas brasileiras têm desenvolvido soluções inovadoras e tecnológicas para mitigar essa questão, sendo imprescindível também implementar estratégias eficazes que atraiam e capacitem novos profissionais.
Nesse quesito, a adoção de materiais e equipamentos mais modernos podem auxiliar na modernização do trabalho, além de gerar economia e promover um ambiente mais atrativo. Por exemplo, a SH criou o Lumiform® SH, solução que oferece uma redução significativa no tempo de execução de projetos e permite um aumento de produtividade de 40% em média, possibilitando a entrega das obras com eficiência e menor dependência de mão de obra, o que é crucial em tempos de escassez no setor. O produto é composto por painéis de aço e alumínio, duráveis e leves, e tem foco nas paredes de concreto.
Além disso, a marca possui soluções em locação de equipamentos utilizados na execução de estruturas de concreto e obras de acesso, como o Topec® SH, uma fôrma metálica para execução de lajes em concreto armado, composta por painéis de alumínio forrados com compensado plastificado. Para se ter uma ideia, no escoramento convencional a produtividade é de 0,70 hh/m², com o Topec® SH Produtividade é de 0,30 hh/m².
“Produtos como esses auxiliam construtoras não só na questão da mão de obra, mas também na redução de custos e aumento da celeridade nos projetos. Mas outro fator importante é a criação de iniciativas que capacitem os jovens e os incentivem a ingressarem na área”, comenta Monteiro.
Formação de novos profissionais
A promoção de cursos técnicos voltados para a construção civil, com parcerias entre instituições de ensino e empresas do setor, pode contribuir para a formação de uma nova geração de trabalhadores. Além disso, ações que melhorem as condições de trabalho, como a adoção de jornadas flexíveis e benefícios adicionais, podem tornar a profissão mais atrativa.
Nesse sentido, a SH promove o SH Presente, que leva profissionais da empresa para dentro das universidades para falar sobre dilemas do setor. E a Masterclass SH, que conta com um palestrante renomado de mercado a cada edição, e é transmitida ao vivo no YouTube da companhia. Promovendo assim a oportunidade de gerar conexões com jovens estudantes ou pessoas interessadas em desenvolver carreira na área. Programas de capacitação contínua são fundamentais para a atualização profissional, permitindo que os trabalhadores se adaptem às novas tecnologias e práticas sustentáveis.
Considerando o cenário atual, a escassez de mão de obra na construção civil é um problema que exige atenção imediata. A implementação de políticas públicas e privadas que promovam a formação e a valorização dos colaboradores poderá contribuir de forma significativa para a resolução dessa questão. Planos futuros devem priorizar a criação de um ambiente de trabalho mais inclusivo e atrativo, o que pode, a longo prazo, resultar em uma recuperação e crescimento do setor. Para que esse futuro desejado se concretize, é necessário o comprometimento de todos os envolvidos como governos, instituições educacionais e empresas, na busca de soluções estruturais para um problema que afeta não apenas a construção civil, mas o desenvolvimento socioeconômico de todo o país.