Segundo presidente da Arklok, investimento é fundamental para manutenção da confiança entre empresas e clientes
Em um cenário no qual as empresas brasileiras se tornaram o alvo favorito das quadrilhas virtuais, que roubam logins e senhas de usuários e até sequestram acessos em busca de resgate financeiro, o investimento em soluções avançadas que garantam a segurança e privacidade dos dados de seus clientes torna-se ainda mais importante e estratégico. Somente em 2022, houve um crescimento de quase 300% na quantidade de vazamentos de credenciais no Brasil. Os dados são da empresa de cibersegurança Darktracer.
Segundo Andrea Rivetti, presidente da Arklok, “somos o segundo país do mundo mais afetado por ataques de ransonware. Ou seja, a segurança da informação é algo cada vez mais sensível para todas as organizações, sobretudo com a constante necessidade ampliar a exposição de seus serviços e produtos no ambiente on-line”, declara a executiva.
Para Rivetti, o outsourcing é uma saída estratégica para as empresas se protegerem desses ataques. “O outsourcing tem um papel importante no combate ao cibercrime, porque permite que a empresa tenha acesso ao que há de mais avançado em termos de segurança sem a necessidade de gerir essa estrutura dentro de casa. Isso é relevante em um contexto em que as empresas estão em dificuldade de treinar e manter uma equipe de especialistas dentro do seu quadro”, explica.
“Além disso, o mercado consumidor já tem percebido cada vez mais os riscos associados à exposição e ameaças online e reconhecido as marcas que investem para proteger os dados de seus clientes e usuários. Tanto que pesquisas já indicam que os investimentos em segurança da informação se pagam em duas vezes, porque garantem a confiabilidade do negócio”, pontua.
Segundo ela, sobretudo para empresas de menor porte, para as quais o custo de montar toda uma estrutura de segurança contra os ataques hackers podem ser impeditivo, a adoção de soluções de terceirização é a opção mais viável.
A CEO revela que tem crescido a quantidade de empresas que recorrem a soluções de outsourcing da Arklok para garantir a segurança de suas operações online. De acordo com ela, somente no primeiro trimestre desde ano a empresa teve um aumento geral de 53% na contratação das soluções ofertadas. “São empresas que entendem a importância da presença online para o seu desenvolvimento ao mesmo tempo que querem proteger suas bases de dados com as aplicações mais avançadas disponíveis”.
O Brasil assumiu no ano de 2022 uma liderança indesejada. Estudos indicam que nos últimos 12 meses o País virou o alvo preferido dos criminosos cibernéticos globais. Segundo levantamento recente, o País concentrou no ano passado 11% de todas as credenciais vazadas por malware ao redor do mundo. Ao todo foram quase 75 milhões de senhas e logins obtidas por criminosos. O número representa um acréscimo assombroso (de 290%) em relação ao ano anterior, quando foi registrado um volume de 19 milhões de credenciais vazadas. Os dados são da empresa de Cibersegurança Darktracer
Para além dos malwares, 2022 também registrou um recorde das ocorrências de ataques de ransonware, que consistem no sequestro de dados e o consequente
pedido de resgate pelas quadrilhas virtuais. No ano passado, quase um terço dos ataques deste tipo (29,9%) ocorreram contra empresas e usuários daqui o que faz o Brasil ocupar a segunda posição na lista global de países alvo desses crimes e liderar o ranking na América Latina.