A Gestão de Crises é algo complexo e estratégico, portanto, deve ser realizado com muito cuidado e planejamento.
O que é uma crise empresarial?
Crise empresarial é o aparecimento de um problema com forte impacto nas operações de um negócio, como falha na gestão financeira, impossibilitando investimentos ou mesmo as operações; acidentes ou problemas nos equipamentos que paralisem a produção; uma crise de reputação devido à denúncia de corrupção e assédio sexual; e nos últimos anos, infecção de colaboradores causadas pelo coronavírus; entre outros exemplos.
É importante lembrar que, na era da informação digital, todas as empresas estão vulneráveis aos períodos de crise. Afinal, uma simples publicação nas redes sociais, grupos de WhatsApp e/ou imprensa pode ser um gatilho para a turbulência.
Existem dois tipos de empresa no mercado: as que já enfrentaram uma crise e as que ainda vão enfrentar, portanto a sua organização deve estar preparada para esse cenário.
O que é gerenciamento de crises?
Em síntese, Gerenciamento de Crises é um processo de ação imediata sobre uma situação adversa ou crítica com o objetivo inicial de controlar o seu desenvolvimento e diminuir os impactos negativos causados por ela até que seja totalmente resolvida.
O Gerenciamento de Crises é uma ação essencial, estratégica e inevitável, já que as empresas estão expostas e sujeitas a situações adversas constantes que podem impactar negativamente a qualquer momento.
Existe diferença entre gestão de crises e gestão de riscos?
Sim, são coisas diferentes.
“a gestão de riscos é o processo pelo qual a empresa identifica e classifica todos os fatores que podem de alguma maneira se transformar em uma crise ou estimular outros fatores geradores de crises. Para a gestão de riscos, tais fatores representam um perigo ou uma ameaça para a segurança das pessoas, do ambiente e para a continuidade dos negócios”, comenta Flavio Schmidt, coordenador da área de Gestão de Crises do Grupo Trama Reputale.
Já a gestão de crises é o processo que avalia o potencial do risco,
“com os mesmos parâmetros da Gestão de Riscos, mas com uma interpretação adicional do impacto comunicacional do risco, seu potencial de repercussão e danos no conceito, na imagem e na reputação da empresa, na marca e seus negócios”, completa Flávio.
Plano de Prevenção de Crise
Para alcançar um nível de antecipação que permita prevenir a deflagração de uma crise, é importante que a empresa invista em um trabalho de Mapeamento de Riscos, seguido da estruturação de um Plano de Prevenção de Crises.
“O mapeamento de riscos é o resultado de um estudo amplo e denso feito em todas as áreas da organização com o objetivo de identificar desde pequenas até grandes dores e fragilidades que podem gerar algum impacto para a saúde dos negócios. Trata-se de um processo fundamental, afinal, é preciso ter em mente que as crises não nascem do nada, elas sempre têm origem em algum fator que faz parte do modus operandi da companhia e que, por sua vez, pode ser transformado, alterado ou melhorado a fim de contribuir para que problemas futuros sejam mitigados”, afirma Ana Paula Teixeira, gerente de Relações Públicas do Grupo Trama Reputale e especialista em gestão de crise.
Neste mapa, os riscos levantados são classificados em diferentes níveis de gravidade, probabilidade e severidade para que, a partir daí, sejam definidas estratégias de contenção para cada um deles. Esse processo envolve ainda a descrição de fluxos, a criação e estruturação do Comitê de Crise, definição de funções, responsabilidades, além de diretrizes de comunicação para lidar com situações adversas.
Contar com uma agência de relações públicas e comunicação organizacional é crucial para gerenciar de forma efetiva uma crise, seja ela leve, moderada ou grave; procurar ajuda de profissionais e especialistas fará toda a diferença.
“Porque sem gestão de riscos e crises sua empresa vai ter muitos momentos de situações desagradáveis, sem nenhum controle, com impactos financeiros, operacionais, produtivos, no clima organizacional e principalmente na imagem e reputação. E você não quer que isso aconteça com sua empresa e nem com você. certo?”, finaliza Flávio.