Se pararmos para analisar as empresas mais bem sucedidas do mundo, veremos que todas elas têm uma coisa em comum: elas não estão apenas envolvendo seus funcionários, mas sim capacitando-os ativamente. E mais: elas estão conectando os funcionários capacitados uns com os outros de maneiras dinâmicas e criativas para que, juntos, tragam resultados de negócios excepcionais.
Despertar engajamento é um dos grandes desafios das organizações do século XXI, ao menos para aquelas que decidiram sobreviver em meio às intempéries. A Comunicação Interna é uma das grandes agentes propulsoras desse movimento, parceira fundamental da área de Gestão de Pessoas e dos Conselhos de Administração, afinal, funcionário engajado é sinônimo de baixo turnover. Ou estou errado?
Agora, conseguir o envolvimento dos funcionários e, por consequência, ótimos resultados exige um profundo conhecimento dos públicos com os quais estamos lidando, ou seja, é preciso ouvir, sistematizar, avaliar, reavaliar, enfim, em outras palavras, é preciso muita pesquisa. Dela, derivam acertadamente o planejamento e a execução das ideias. Do contrário, corre-se o risco de ter pérolas nas mãos e não saber elaborar a joia.
Algumas vezes, tenho me deparado com pedidos de campanhas de comunicação interna e endomarketing não alinhadas verdadeiramente aos valores da empresa, tendo como motes centrais datas comemorativas ou eventos esporádicos – vide o caso da Copa do Mundo de Futebol em 2014.
Um sem número de organizações querem se fazer valer do tema do evento para catapultar valores e crenças – como trabalho em equipe, sinergia, determinação e pro-atividade – e, assim, logo pensam em estruturar peças que visam a sensibilizar e aglutinar colaboradores em torno desse universo lúdico.
Mas, pergunto eu: alguém pesquisou como o colaborador desta empresa enxerga de fato o futebol em sua vida cotidiana? Que valores tal esporte carrega para dentro dele e que são capazes de engajá-lo (ou não!) em determinados sensos coletivos?
Ao querer que sua organização mude culturas, modos de agir e pensar dos funcionários, desperte qualidade e competência, pare para ouvi-los por algumas horas. Isso será fundamental lá na frente. Você vai ver que eles deixarão de ser simples colaboradores leais à marca empregadora (mesmo que motivados por políticas de benefícios expressivas) para se tornarem embaixadores de um conceito, de uma crença trazida pela “marca-mãe”.
No próximo post, volto a comentar aqui alguns exemplos de campanhas de engajamento e sete dicas para construir programas de reconhecimento e recompensa nas empresas.
Antes disso, deixo a provocação: você usaria o tatu-bola, mascote oficial da Copa do Mundo, em qualquer campanha de engajamento para seus colaboradores? Sim? Não? Por quê?
Aguardo seus comentários: adriano@tramaweb.com.br. Até!