O poder dos blogs e das redes sociais, já descoberto por muitas empresas, foi tema de discussão na Campus Party Brasil. Moderado por Eric Messa, o painel contou também com a participação de Belo Aloureiro, Danilo Ferreira, Jair Tavares, Wagner Fontoura e Antonio Mafra.
Segundo Fontoura, o primeiro passo para qualquer empresa que quer ingressar nas mídias sociais é preparar-se, definir quais serão as metas e os objetivos com o canal escolhido, seja YouTube, Twitter ou blogs. Outra parte importante fica por conta dos próprios funcionários: é preciso criar uma política de posicionamento, quem poderá interferir na comunicação com o consumidor.
O mesmo caminho de autoconhecimento é pregado por Beto Aloureiro, que coloca que a companhia também precisa ter foco no cliente para abrir um canal de comunicação. Ou seja, não adianta nada ‘dar a cara para bater’ se a empresa não se importa com o que seu público tem a dizer. “Conheço muitas empresas que não estão nem aí para o cliente, mas mesmo assim estão no Twitter. O resultado é negativo e só denigre ainda mais a marca”, sentencia.
E como lidar com as insatisfações? Antonio Mafra completa a opinião de Aloureiro e responde que a situação deve ser vista com bons olhos. “Cada rede tem uma dinâmica, mas o espírito é o mesmo, lidar com as insatisfações da forma mais honesta possível. É diagnosticar primeiro, trazer pra dentro de casa, entender o problema e procurar uma solução o mais rápido possível’, coloca.
Mas essa operação, que muitas vezes tem um cenário que mais parece jogos de estratégia, tem um custo. Seja a relação com as mídias sociais realizada pela própria empresa ou terceirizada, Jair Tavares enfatiza que é preciso colocar na ponta do lápis se vale a pena ou não ingressar no mundo 2.0. Pode não parecer, mas essas ações podem ser caras na hora de pagar a conta. É necessário medir realmente as necessidades, quanto será gerado de retorno para então pensar em uma proposta de valor e clareza para o público.
A conclusão do painel foi de que as mídias sociais realmente são importantes, mas é preciso realmente focar suas utilizações. Muitas vezes uma companhia quer apenas ‘seguir a onda’ ao ter blog, Twitter e outras ferramentas, mas o que realmente vai atingir seu público-alvo é a boa e velha propaganda.