Inovar para criar valor. Esse é um dos grandes desejos da maioria das organizações, com foco em resultados financeiros e no bem-estar das pessoas. O problema é que muitas ainda não sabem de que forma colocar isso em prática e é nesse contexto que surge o design thinking.

O termo, ainda pouco compreendido, é uma poderosa abordagem para o estímulo à inovação nas organizações, na qual valores como empatia, colaboração e experimentação sustentam um processo não-linear de produção de soluções simples para problemas complexos.

A abordagem coloca em cheque o velho pensamento de que inovação está associada a um processo extremamente complicado e mostra que criar oportunidades é mais simples do que se imagina!

Foi pensando nisso que a Trama Comunicação e a mhconsult realizaram a 2ªedição do Premium Talks, com o tema “Design thinking: inovação com foco no ser humano”.

O evento, realizado no dia 26 de outubro, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, contou com a participação de executivos de marketing, RH e comunicação de diversas empresas, dos mais variados setores, como: Totvs, Mexichem, Camargo Corrêa, Nestlé, Johnson & Johnson, Liquigás, Chevrolet Serviços Financeiros e muitas outras.

Aqui, contamos para você um pouco mais sobre o tema e o que alguns gestores acharam do workshop, conduzido por Paulo Bettio, especialista em design thinking e Leila Gasparindo, sócia fundadora da Trama e especialista em inovação.

Foco em pessoas

O design thinking surgiu para criar soluções simples para situações complexas, propondo uma análise dos problemas com base nas necessidades e sob a perspectiva das pessoas.

O profissional da área tem uma série de responsabilidades no dia a dia das organizações e suas funções estão baseadas em seis etapas de desenvolvimento da prática de design thinking:

Entendimento – Nessa fase, o design thinker será responsável em entender as necessidades da organização, desde aumentar o número de vendas até melhorar a qualidade de vida dos colaboradores.

Observação – Aqui, é o momento do profissional sair a campo para saber quais são as necessidades das pessoas envolvidas no problema ou que serão atendidas pela solução do mesmo, por meio de entrevistas, observação do cenário e até  vivenciando o seu dia a dia.

Ponto de vista – É a hora de unir e questionar os novos insights gerados e redefinir a rota do projeto.

Ideação – Nessa fase, é preciso juntar as ideias já conquistadas com as de outras pessoas. É aqui que acontece um grande brainstorm, no qual é importante reunir colaboradores dos mais diversos níveis hierárquicos para a troca de opiniões, de executivos a colaboradores da operação, a opinião de todos conta! Em seguida, as sugestões são analisadas e selecionadas.

Prototipagem – Com as ideias definidas, é necessário criar algo que mostre o potencial delas. Por isso, aqui, a palavra de ordem é criar! Desenvolver um modelo operacional das soluções escolhidas é a única forma de viabilizar um teste de sua validade.

Teste – É nesse momento que os colaboradores serão convidados a experimentar o que foi criado. Cada feedback é extremamente importante. A inovação requer experimentação e não há como aperfeiçoar qualquer processo ou produto sem observar seu impacto sobre as pessoas.

Iteração – Com a ideia já em prática, essa fase servirá para melhorá-la ainda mais, por meio de análises e conversa com os colaboradores para saber se as necessidades continuam sendo atendidas. As iterações sinalizarão se é preciso voltar alguma fase ou não.

Os participantes opinam

“O tema do evento me fez pensar em levar novos cenários para a empresa, que façam conexões com o negócio e que mexam com as questões culturais, mas com leveza e não com algo engessado que as pessoas não se identifiquem. Aprendi que o design thinking é uma alternativa onde os colaboradores se enxergam dentro dos modelos apresentados, tornando-os melhores, mais engajados, mais felizes e com uma visão melhor de seus propósitos.” Keli Pereira Rocha – Melitta.

“Eu não conhecia o design thinking e fiquei bastante interessado quando recebi o convite. Gostei muito do tema, que abriu nossas mentes para uma série de oportunidades que podemos criar em nossas empresas. “ Flavio Penna – PostAll Log.

“Na empresa em que atuo já temos uma área de design thinking. Nas pesquisas, trabalhamos com qualidade no lugar de quantidade. Ao pegarmos amostragens pequenas e conversarmos com as pessoas com qualidade, é possível encontrar reflexões e soluções muito melhores. ” Milena Sartorelli – Totvs