Embora as organizações tenham ganhado eficiência com a adoção de ferramentas digitais e, até mesmo, poupado recursos, muitas correm o risco de perder seus melhores colaboradores, seja pelo excesso de trabalho, seja por conta de excessivas calls.
Não é segredo para ninguém que o compartilhamento de estratégias e valores fortes são fundamentais para todos remarem na mesma direção, não importa quão agitada esteja a maré. Mas para que ninguém pule fora do barco durante a pandemia, é preciso que a cultura da empresa seja vivenciada e, até mesmo, revisitada.
É extremamente importante falar menos e agir mais. Aquele que valoriza o propósito sobre o lucro, a segurança sobre a harmonia e ser produtivo sobre estar ocupado pode manter sua cultura forte. E como fazer isso, em meio às incertezas que ainda nos cercam?
Mostre os Exemplos
Faça uma curadoria e comunique exemplos de como a organização pratica seus valores culturais, mesmo durante a pandemia. Mais do que isso, é importante viver a cultura. Se para a empresa, a colaboração é um valor, por exemplo, pode fazer a diferença realizar fóruns virtuais abertos a todos os colaboradores, onde líderes ouvem o que as pessoas têm a dizer e respondem suas perguntas.
Transcenda os Valores
Quando a pandemia começou, os líderes da rede de restaurantes & pizza, nos Estados Unidos, decidiram que este seria o momento perfeito para alavancar sua cultura, que tem como filosofia “fazer o bem sendo bom” e, assim, se conectar às comunidades onde estão presentes.
Entre outras iniciativas, a empresa deu folga aos funcionários que desejavam participar de protestos contra o racismo, que ocorreram no país recentemente. Com isso, garantiu a retenção de 90% de seus funcionários.
Construção Permanente
Enquanto tudo vai bem, as eventuais avarias no casco de sua cultura se tornam invisíveis. É confortável para as organizações concluir que não existem problemas e que o barco jamais vai afundar. Mas basta um problema, como o surgimento do Coronavírus, para perceber problemas, como a falta de visão de longo prazo ou a existência de silos organizacionais.
Normalmente, as empresas estabelecem seus valores e acham que o trabalho está finalizado, mas não é bem assim. É preciso estar alinhado à estratégia para médio prazo e longo prazo, além de adotar medidas que reforcem o que é desejado, de modo que a cultura evolua continuamente e faça parte do dia a dia de todos os colaboradores.
A rota de navegação de muitas empresas foi drasticamente alterada este ano. Para seguir adiante, é hora de definir uma linguagem comum em torno da comunicação interna, reforçar um conjunto de comportamentos desejados, os princípios de colaboração e uma visão aspiracional para a tomada de decisões.
Um case para refletir a respeito
Esse “voo” ou “jornada” é um ciclo virtuoso de conversas, de médio e longo prazos, como o que empreendemos recentemente na Ardagh, uma empresa global, do ramo de embalagens de alumínio, com sedes em diversas cidades brasileiras, entre elas, Manaus (AM), Alagoinhas (BA) e Jacareí (SP).
Mesmo em um cenário pandêmico e de incertezas sobre o mercado, a organização deu continuidade às ações de consolidação sobre seus três pilares de cultura e estratégias de negócios. Tudo de maneira digital, através de muita gamificação. Assim, criamos o Desafio 2020 – a Estratégia no Alvo dos Campeões.
A estratégia de não paralisar as atividades de comunicação interna direcionadas para a conexão com os valores organizacionais redeu bons indicadores de engajamento. Dos 600 colaboradores da empresa, cerca de 450 participaram do Desafio 2020. A taxa média de envolvimento nos desafios diários foi de 63%.
Além disso, fez com que mais colaboradores se conectassem a esses pilares, tornando-se protagonistas e embaixadores do tema. Tudo isso ajudou a manter acesa “a tocha olímpica”, passada de um time para o outro, de uma unidade para a outra, integrando ainda mais as pessoas em relações qualificadas e verdadeiras, com lastro.