A comunicação face a face não é nenhuma novidade no planejamento e estruturação da matriz de canais de Comunicação Interna em qualquer organização. Mas é consenso que a ferramenta ganhou destaque especial com a chegada do modelo de trabalho híbrido implementado à toque de caixa em muitas empresas em virtude do cenário pandêmico.

 

Segundo pesquisa da Social Base de 2021, o meio de comunicação que mais cresceu dentro das empresas foi a comunicação advinda da própria liderança e dos gestores imediatos.

Com o intuito de informar, integrar visões e inspirar, o “face to face” tem vivenciado diversas transformações, já que no passando nem sempre se mostrava efetiva quanto uma ferramenta promovedora de diálogos enriquecidos, que inspiram trocas e debates, quase sempre sendo realizada de maneira “top-down”: ou seja, um espaço onde a liderança tem papel de fala, mas por vezes se esquece de escutar.

Há anos, esse formato se revelou obsoleto, afinal, a essência do “face to face” nestes novos tempos é gerar proximidade e confiança, fazendo com que todas as partes e vozes dentro de uma organização colaborem no papo, dividam suas opiniões, divirjam para futuramente convergir e assim agregar valor a projetos, processos e ao dia a dia das organizações.

 

Com a crise da Covid-19, a pesquisa da Social Base 2021 identificou que a maioria (91,4%) das áreas que ficam à frente da Comunicação Interna mudaram a forma de olhar os canais e a forma de comunicar: 46,9% afirmaram tem mudado muito e com maior destaque para as grandes empresas, aquelas acima de mil funcionários.

 

Estes números apontam como pilar fundamental a capacitação dos líderes para exercerem uma comunicação aberta, coerente, humanizada e, principalmente, de apoio com seus times.

 

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Adriano Zanni, Diretor de Engajamento e Comunicação com Empregados do Grupo Trama Reputale.

 

 

“As lideranças, neste novo modelo de trabalho híbrido, são vistas como influenciadoras e principais agentes de comunicação para disseminar os valores da empresa e informar com proximidade os assuntos importantes e estratégicos de toda e qualquer organização. A percepção quanto à cultura organizacional e as práticas decorrentes dos seus pilares passa por essa adoção de campos democráticos, autônomos e de extrema transparência quanto ao compartilhamento de visões de mundo dos colaboradores que a integram”, afirma o Diretor de Engajamento e Comunicação com Empregados do Grupo Trama Reputale, Adriano Zanni.

 

 

 

 

 

 

Como posso ser um líder mais engajador e inspiracional?

 

Para a Gerente de Atendimento do Grupo Trama Reputale, Lizandra Cardelino, esse cenário de pandemia e a implantação do home office trouxeram dois grandes desafios, tanto para nossos times da agência quanto para os clientes. Lizandra comenta que a maior preocupação de todos ainda hoje reside em coo manter a conexão e confiança entre times, profissionais em dia frente ao trabalho remoto.

 

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Lizandra Cardelino, Gerente de Atendimento do Grupo Trama Reputale.

 

 

“Como líder do meu time e junto aos projetos de nossos clientes, eu sou uma das ferramentas da comunicação, então, criei o hábito de pelo menos uma vez na semana conversar com todos eles por vídeo conferência, estimulando-os a realizarem o mesmo com nossos parceiros, inclusive em reuniões ou assuntos com caráter de urgência, incentivando uma abordagem clara e não violenta”, conta.

 

 

 

 

 

 

 

Lizandra destaca também que é possível manter a proximidade, que anteriormente acontecia de maneira muito efetiva em função do trabalho presencial. Mas para isso  é necessário ter claro os princípios que norteiam a cultura organizacional e seguir dialogando como eles estão conectados ao desenvolvimento das atividades diárias, criando espaços para que colaboradores também expressem seus pontos de conexão e autorresponsabilidade pela manutenção dessa comunicação “face to face”.

 

 

Cuidado também com os excessos

 

O Executivo de Contas do Grupo Trama Reputale, Fabio Saulo Costa, faz uma importante colocação sobre o excesso de informações no ambiente de trabalho, assim como sobre o elevado número de reuniões via vídeo conferência para abordar assuntos que poderiam ser resolvidos por e-mail ou uma breve ligação.

Segundo ele, é necessário que as empresas estabeleçam uma consciência de prioridades e urgências para que a comunicação “face to face” seja realizada no momento adequado, com equilíbrio, dando tempo para as pessoas “digerirem” temas, criarem campos de observação, testarem comportamentos e assim construírem visões mais alicerçadas que contribuem com o negócio.

 

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Fabio Saulo Costa, Executivo de Contas do Grupo Trama Reputale.

 

 

“Existem caminhos a perseguir para a obtenção dessa efetividade na comunicação face a face. Um deles, por exemplo, pode ser o de estimular a elaboração de um guia de boas práticas – visual e objetivo – que conscientize sobre o correto uso do canal e estimule que todos os participantes dele tenham seu lugar de fala, sem espaço para divagação e tornando o processo mais assertivo e eficaz, direcionador”, recomenda.

 

 

 

 

 

 

 

Adriano Zanni complementa: antes de implantar a comunicação “face to face” em sua organização, tenha como base dois princípios bastante atuais:

“o da inteligência coletiva (que passa por questões como o estímulo à cocriação, à Comunicação Não Violenta e ao desenvolvimento de autonomia para o exercício de diálogos e formatação de ideias e projetos) e o do protagonismo autoral (que leva em conta o princípio de que todos podem ser agentes da mudança, incentivando o empoderamento e o accountability em relação ao uso do canal. Afinal, ele não é apenas da liderança ou de uma área da empresa. Porém, não esqueça, a organização é a responsável por instrumentalizar e capacitar seus empregados com responsabilidade para esse pleno exercício. É aí que entra o papel estratégico da área de Comunicação Corporativa, na formatação da governança, dos papéis e reponsabilidades de quem faz uso do canal”. Uma vez implantado, tenha claro de que é um caminho virtuoso e sem volta em termos de construção de imagem e reputação organizacionais”, finaliza ele.

 

E você, como aplica a comunicação “face to face” na sua empresa?

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