Toda organização bem-sucedida guarda um segredo que muitas vezes é colocado em segundo plano por muitos, por supostamente não ter importância para os negócios: os canais de comunicação interna. Eles são vitais, pois funcionam como o sistema nervoso que permite a transmissão eficiente de informações e a colaboração entre a pessoas de diferentes áreas. Mas não é só isso.
Os canais de comunicação interna geram engajamento, adesão à cultura organizacional e um profundo senso de pertencimento entre as pessoas, pois estabelecem um ambiente de diálogo. Ao promoverem o protagonismo dos colaboradores, eles incentivam cada um a se expressar, compartilhar ideias e contribuir ativamente para a missão e os valores da empresa.
O que é Comunicação Interna?
A comunicação interna desempenha um papel fundamental na manutenção da conexão e informação entre os colaboradores, além de estabelecer um entendimento compartilhado das metas, valores e propósito da empresa. Essa prática é essencial para manter todos atualizados sobre as mais recentes iniciativas corporativas, estabelecendo uma voz de autoridade e confiança que combate rumores e facilita uma comunicação clara e simplificada entre os diferentes departamentos. No entanto, seu alcance vai além dessas funções primárias.
Além de manter os colaboradores informados, a comunicação interna promove ativamente o diálogo e a integração, transcendendo as hierarquias organizacionais. Ao fazê-lo, fortalece o senso de pertencimento, o engajamento e o protagonismo dos profissionais. Uma comunicação interna bem executada não apenas aprimora a experiência do colaborador, mas também impulsiona a estratégia de negócios da empresa.
O impacto de uma boa comunicação interna nas empresas
Esse protagonismo originado da Comunicação Interna não apenas eleva a autoestima dos colaboradores, fazendo com que eles se sintam valorizados e importantes, mas também estimula a inovação e a criatividade, aspectos essenciais para o crescimento e a adaptação da empresa.
“Dentro do conceito de que as organizações existem porque são compostas por pessoas, é importante que essas mesmas pessoas sejam reconhecidas por suas contribuições para o alcance dos resultados esperados para o sucesso dos negócios. Esse espírito de equipe fortalece a cultura organizacional e contribui para que as pessoas desenvolvam vínculos afetivos com as organizações onde trabalham”, explica Denise Pragana, gerente de comunicação interna do Grupo Trama Reputale.
Criadores de conteúdo
Além disso, canais de comunicação interna como o Viva Engage (antigo Yammer) e o Sharepoint permitem a interação com o conteúdo, por meio de comentários e curtidas, em uma dinâmica muito parecida com a das redes sociais. Isso cria uma via de mão dupla entre a empresa e suas pessoas, permitindo que a cultura organizacional seja construída, reforçada e vivenciada por todos.
Além disso, quando a equipe de colaboradores não apenas consome conteúdo, mas também se torna criadora, participando ativamente da narrativa da empresa, cresce o senso de comunidade entre eles.
“O vínculo afetivo, também conhecido como comprometimento afetivo, ocorre quando as pessoas são reconhecidas por sua contribuição ativa e nada melhor do que dar espaço para elas nos canais internos, dando voz e oportunidade para serem protagonistas de suas trajetórias profissionais na empresa onde trabalham”, destaca Denise.
Portanto, ao encorajar a participação ativa e a cocriação, os canais de comunicação interna desempenham um papel crucial em cultivar um ambiente de trabalho engajado, coeso e alinhado à cultura da empresa, impulsionando o sucesso organizacional.
“Cuidar da comunicação interna é cada vez mais necessário e estratégico para as organizações, principalmente quando levamos em conta que vivemos na era digital e das redes sociais, ou seja, não existe controle sobre como as pessoas se informam sobre a organização. Portanto, manter canais de comunicação interna ágeis, atrativos, interativos, atualizados e diversificados é algo que as organizações não podem abrir mão. A informação interna não será a única à qual os colaboradores terão acesso, mas deve sempre ser a mais completa e confiável para todos.” explica Denise Pragana, gerente de comunicação interna do Grupo Trama Reputale.
Comportamentos desejados
E por falar em cultura, os canais de comunicação interna são muito eficientes em reforçar comportamentos desejados ou trabalhar questões valiosas para a empresa, que não têm apresentado bom desempenho. Uma série de conteúdos sobre segurança, por exemplo, para uma empresa que tem lidado com acidentes, pode transformar de modo significativo essa realidade e apoiar outras ações efetivas, como treinamentos ou palestras de conscientização sobre o tema.
Gestão de crise
Os canais de comunicação interna são fundamentais na construção de uma cultura de transparência e confiança. Além disso, desempenham um papel crucial na gestão de crises, assegurando que informações críticas sejam disseminadas rapidamente e de forma eficaz.
Os canais de comunicação interna são muito mais do que simples ferramentas; são o alicerce sobre o qual se constrói o futuro de uma organização. Ao abraçar e investir nessas vias de comunicação, as empresas não só aprimoram seu fluxo de informações, mas também catalisam o engajamento dos colaboradores e se armam com ferramentas poderosas para a gestão de crises.
“Numa situação de crise o primeiro público a ser contemplado com a informação correta e confiável é o público interno, pois os(s) colaboradores(as) são as primeiras pessoas a serem afetadas e também as primeiras a merecerem a atenção da empresa com os esclarecimentos sobre o ocorrido e as ações tomadas. Sempre é bom lembrar que o público interno é o principal embaixador da marca. Portanto, dar a ele o privilégio da informação em primeira mão assegura que o que será transmitido pelos colaboradores aos seus amigos e familiares esteja o mais próximo possível da verdade dos fatos para que eles sejam os primeiros a esclarecer fake news ou notícias sensacionalistas sobre a crise”, completa Denise.