Pensando em celebrar o Dia Internacional da Mulher de forma diferenciada, diversas empresas realizam ações de comunicação na tentativa de agradar às colaboradoras e, principalmente, arrebatar os corações das consumidoras. Bom pensar nos mimos e agrados que o público feminino recebe no dia de hoje e, indo mais adiante, ótimo reconhecer os projetos que acreditam no poder de decisão de quem leva a sério a máxima de “ir às compras”.
E as mulheres realmente vão às compras. Segundo dados do Ibope Mídia, nos últimos 30 dias 67% das mulheres compraram itens pessoais, número significativamente maior que o índice de 58% dos homens. Com base em informações do Target Group Index, o estudo foi realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília e nos interiores de São Paulo e das regiões Sul e Sudeste com pessoas de ambos os sexos das classes AB, C e DE com idades entre 12 e 64 anos. Vale ler um pouco mais na seção de notícias do site do Clube de Criação de São Paulo (CCSP).
Ainda no site do CCSP é possível encontrar informações interessantes sobre duas iniciativas de comunicação que visam homenagear as mulheres. No último dia 4 foi lançado o Exclusivo!, jornal gratuito voltado ao público feminino com cerca de 40 páginas em formato tablóide que a C&A passará a distribuir mensalmente em suas lojas e diferentes pontos da cidade de São Paulo.
Com apelo menos informativo, porém não menos comercial, a Bombril apresenta um projeto grandioso com foco no relacionamento entre consumidoras e marca. O lançamento do “Manifesto em Reconhecimento à Mulher Brasileira” contará com investimentos de R$ 5 milhões em ações de marketing na cidade de São Paulo. Uau! São previstos anúncios de página dupla em mídia impressa, publicidade em portais e redes sociais, ações de guerrilha e programetes com histórias de “mulheres que fazem a diferença”. Tudo às mulheres, com carinho.
Apenas para ampliar os horizontes da discussão sobre o hábito de consumo das mulheres brasileiras, vale dar uma olhada na nota do Brasil Econômico de hoje (9 de março). Segundo o IBGE, dos 9,6 milhões de mulheres no mercado de trabalho, 19,6% têm curso superior, contra 14,2% dos homens. Apesar dos estudos, as mulheres ganham cerca de 72,3% do salário dos homens. Portanto, as mulheres estudam mais e ganham menos. Até quando?