A cada ano o Marketing de Influência vem crescendo e se consolidando como estratégia de comunicação dentro das empresas. É possível ver essa mudança de percepção a partir de um dado indicado na pesquisa feita pela YouPix, que apontou que 71% das empresas consideram o marketing de influência importante. Ainda na mesma pesquisa, 86.5% das empresas concordam que trabalhar com influenciadores traz um resultado que nenhum outro tipo de comunicação digital pode trazer.
Isso só mostra que o marketing de influência está cada vez mais presente nos planejamentos das marcas. E como as ações dentro do ambiente digital estão em constante mudança, é importante se certificar sobre os caminhos dessa área e as tendências de comportamento.
Se a sua empresa já trabalha com essa estratégia ou até mesmo pensa em iniciar em 2023, te convido a ler esse texto e ficar por dentro de algumas iniciativas que estarão em alta nos próximos meses.
Comunidades
Dentre as grandes tendências do digital, um conceito que vem se fazendo cada vez mais presente são as comunidades. O termo pode ser definido como grupos de pessoas que se relacionam em um espaço virtual em torno de um tema de interesse comum, criando um ambiente para que haja essa interação.
No contexto do marketing de influência, os gostos e interesses que podem aproximar e ligar um grupo de pessoas, transformando-as em uma comunidade digital. Isso acontece com produtos e serviços que determinada marca entrega para o mercado, por exemplo. A aproximação dessas “tribos” poder tornar a informação mais veloz, seja por redes sociais ou outros aplicativos dentro do ambiente digital.
Um bom exemplo é o novo recurso liberado no Brasil pelo aplicativo de mensagens, WhatsApp. Ele permite unificar grupos que se interessam pelo mesmo tema, enviando mensagens para até 5 mil pessoas de uma vez. A novidade pode ser uma ótima estratégia para as empresas que conversam com o seu público pelo App, pois tem potencial de gerar dados e amplificar a conversa para entender desejo e necessidades deles, assim como lançar anúncios e promoções exclusivas, por exemplo.
Essa aproximação é uma grande ferramenta para o desenvolvimento de defensores e amantes da marca. O engajamento com comunidades digitais torna o relacionamento muito mais próximo e humanizado com o público, fortalecendo a confiança entre marca e consumidor, criando clientes engajados que podem contribuir para a criação de soluções mais assertivas para quem consome o produto e serviço daquela marca, tornando-a autoridade no mercado com seu público, entre outros resultados positivos da estratégia no marketing de influência.
Reputação em alta
A construção de marca e o desenvolvimento de uma relação positiva com públicos estratégicos tem impactado na priorização da reputação para as empresas, principalmente quando se trata da Geração Z. Afinal, eles influenciam outras gerações, determinam padrões de consumo, lideram a presença no digital como formadores de opinião e se importam com o que as marcas entregam de valor para a sociedade.
No final do último ano, a marca de luxo Balenciaga – que vinha focando suas ações para atingir a Geração Z- vivenciou uma crise de imagem, após duas campanhas serem ligadas à sexualização de crianças. Tudo repercutiu rapidamente nas redes sociais, criando desconfiança e repúdio à marca, por parte de anônimos, celebridade e influenciadores digitas, até que ela retirou a campanha do ar e realizou um pedido de desculpas.
Esse é um exemplo de como o público está de olho no posicionamento das marcas e consegue reivindicar mudanças, principalmente dentro do ambiente digital. Nesse caso, a marca de grife prevê grande dificuldade para a desassociação de sua imagem ao ocorrido e para a construção da sua reputação -, algo que não acontece da noite para o dia.
Mas, nem só de crise temos exemplos. A Natura está ligada ao compromisso histórico de sustentabilidade, e em 2021 recebeu o prêmio de marca mais associada pelos consumidores aos princípios da agenda ESG – boas práticas Ambiental, Social e Governança – que vem se expandindo nas empresas. Esse é o efeito positivo de entregar para a sociedade aquilo que está no discurso contínuo da marca.
Live commerce
Outra tendência que esperamos ver muito em 2023 é a live commerce, conhecida também como live de vendas. O start desse tipo de ação ocorreu na pandemia, quando as empresas viram um modelo de inovar e usar a criatividade para conversar com o público final e vender. Este ano, o formato promete alavancar ainda mais os negócios. Segundo uma pesquisa realizada pela Visa, o volume das compras on-line no Brasil deve atingir US$ 171 bilhões em 2023, o que representa 54% da América Latina. Isso mostra que existe uma grande oportunidade nesse mercado.
O que faz com que essa modalidade de vendas esteja ganhando espaço no mercado é que ela garante uma experiência completa para os consumidores, pois é como se eles estivessem comprando em uma loja física. Durante a live, as pessoas mostram os produtos em diferentes ângulos – sem cortes e edições, tiram dúvidas e interagem com os consumidores até chegar na parte da venda efetiva, que muitas vezes vem com uma condição especial, como um mega desconto.
Tudo acontece como uma espécie de entretenimento. Um dos exemplos mais recentes e que fez história dentro da modalidade de live commerce, foi o caso da Virginia Fonseca e da Samara Pink, influenciadoras e sócias da We Pink, que faturaram R$ 15 milhões em 12 horas de live com a marca.
A transmissão ao vivo da We Pink trazia descontos acima de 60% nos produtos, além de brincadeiras e desafio entre a equipe que estava apresentando a live.
O buzz que as lives provocam nas redes sociais é interessante para fidelizar o público e conquistar novos clientes, pois uma pessoa pode comentar com a outra sobre as oportunidades de descontos exclusivos e isso ajuda atrair ainda mais a audiência durante as transmissões.
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